Trabalhadores informais são os mais afetados pela pandemia, mostra pesquisa
Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e do IBRE/FGV, a economia subterrânea sofreu interrupção na alta desde 2015
O Brasil precisa de meios para reduzir o trabalho informal, segundo especialistas. Em meio à pandemia, a economia subterrânea sofreu interrupção na alta desde 2015, registrando queda na participação do Produto Interno Bruto com 17,1%, apontando uma fatia de R$ 1,2 trilhão. O resultado faz parte de um estudo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e do IBRE/FGV que, desde 2003, traz números sobre a evolução das atividades que operam à margem das legislações e regulamentações que afetam o mercado formal no país. O indicador, observado em 2019, foi de 17,3%. De acordo com Edson Vismona, presidente do ETCO os trabalhadores informais foram impactados de maneira mais severa, em comparação com os formais. “É como se fosse uma gangorra. Quando a economia vai bem, a informalidade cai, a economia subterânea cai. Quando a economia vai mal, a economia subterrânea sobe. Em 2020, com todas as medidas necessárias para a preservação da nossa saúde, o informal também não teve mercado.”
O avanço das reformas deve estar no foco das prioridades em 2021. Esta é a avaliação do economista da Fundação Getúlio Vargas, Paulo Peruchetti. Ele enumera alguns mecanismos que contribuíram para reduzir a informalidade no país. “Uma simplificação por exemplo, das normas trabalhistas, uma simplificação do ambiente de negócios. São reformas que vão estimular o crescimento econômico e, estimuando o crescimento econômico vai auxiliar para a redução da informalidade”, explica. As restrições de circulação durante os meses mais críticos da pandemia, tiraram as pessoas das ruas, prejudicando sensivelmente ambulantes, motoristas de aplicativos e comerciantes informais.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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