Tragédia no RS freia crescimento da indústria no Brasil

Índice Gerente de Compras do setor industrial caiu de 55,9 para 52,1 em maio; número indica uma expansão menor, embora reflete quinto mês consecutivo de crescimento do segmento

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2024 08h00
MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO CONTEÚDO Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) na cidade de Volta Redonda, sul Fluminense. Embora este valor ainda indique crescimento, pois permanece acima do limiar de 50 pontos, a catástrofe natural sugere uma possível revisão negativa nas futuras avaliações do setor

A indústria brasileira, que vinha apresentando um crescimento consistente nos últimos meses, enfrenta agora um desafio devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, apontou o Índice Gerente de Compras (PMI) nesta segunda-feira (3). Após cinco meses consecutivos de expansão, o PMI sofreu uma queda notável, passando de 55,9 em abril para 52,1 em maio. Embora este valor ainda indique crescimento, pois permanece acima do limiar de 50 pontos, a catástrofe natural sugere uma possível revisão negativa nas futuras avaliações do setor. Giovani Baggio, economista-chefe da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS-RS), diz que é cedo para definir em números exatos o impacto das enchentes na indústria local e, consequentemente, na economia do país. A sede da Federação foi uma das muitas estruturas afetadas, com previsões de retomada das atividades normais apenas após dois meses. Indicadores iniciais, como a redução drástica nas vendas logo após o desastre, apontam uma possível redução de até R$ 100 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul.

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Em resposta a essa crise, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul propõe a implementação imediata de medidas trabalhistas emergenciais. Essas medidas, similares às adotadas durante a pandemia de Covid-19, visam minimizar os danos e acelerar a recuperação econômica. O economista-chefe alerta para a urgência dessas ações, enfatizando que qualquer atraso pode estender desnecessariamente o período de reconstrução e recuperação. Além dos desafios imediatos, o otimismo no setor industrial foi severamente impactado, com uma queda significativa no índice de expectativa das empresas. Este índice atingiu seu menor nível desde o início da crise sanitária global.

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