TSE lança iniciativa contra ‘desinformação’ na eleição de 2020

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2019 08h28 - Atualizado em 31/08/2019 11h01
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EFE/Andre Coelho rosto da ministra rosa weber conversando com outro ministro, que está desfocado O programa tem como objetivo identificar, desestimular e combater as fake news relacionadas ao sistema eleitoral

Com o objetivo de acabar com a propagação de fake news sobre apurações, urnas eletrônicas, candidatos e partidos políticos, o Tribunal Superior Eleitoral lançou nesta sexta-feira (30) o Programa de Enfrentamento à Desinformação, com foco nas eleições municipais do ano que vem.

Ao todo, 34 instituições, entre siglas partidárias e entidades públicas e privadas assinaram o termo de adesão à iniciativa. A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, destacou os ataques que atingiram a Justiça Eleitoral no pleito do ano passado.

“Verificou-se um direcionamento maciço de ataques à própria Justiça Eleitoral com a divulgação em larga escala de notícias falsas com o objetivo de desacreditar a instituição e seus integrantes, colocando sob suspeito o sistema eletrônico de votação.”

O programa tem como objetivo identificar, desestimular e combater as fake news relacionadas ao sistema eleitoral, expondo de forma transparente como ocorrem as etapas da eleição.

Facebook

O Facebook não conseguiu conter a divulgação em massa das fake news no Brasil durante as eleições de 2018. De acordo com o The Wall Street Journal, a companhia admitiu em documentos internos que não tinha desenvolvido ferramentas para uma detecção proativa em tempo.

A avaliação é que a rede social precisou do alerta da imprensa para identificar atividades suspeitas de desinformação, como o uso de aplicativos externos para a publicação em série de notícias favoráveis ou contrárias a determinados candidatos.

No ano passado, representantes do Facebook celebraram publicamente os esforços da empresa para impedir a propagação de fake news. O objetivo era evitar as críticas que ocorreram em 2016, durante a eleição presidencial nos Estados Unidos, quando a rede social foi acusada de permitir o uso da plataforma para difundir mentiras.

Os documentos indicam ainda que a companhia demorou quatro meses para acabar com uma rede que espalhava notícias falsas sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. O relatório indica ainda que a empresa continua se preparando para evitar a propagação de fake news durante a eleição presidencial de 2020 nos Estados Unidos.

Em nota, o Facebook declarou que tem feito “progressos significativos no combate a redes coordenadas que usam contas falsas e na luta contra a desinformação”.

*Com informações do repórter Matheus Meirelles

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