Um dia após prometer união nacional, Bolsonaro volta a criticar lockdown

Para o presidente, os efeitos da restrição são piores do que as consequências causadas pelo coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 26/03/2021 07h38
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Em conversa com apoiadores, ele citou uma decisão da chanceler Angela Merkel, que desistiu de impor um lockdown na Alemanha, para criticar a restrição de circulação

O presidente Jair Bolsonaro voltou a se posicionar, nesta quinta-feira, 25, contra fechamento de atividades para conter o avanço da pandemia. Em conversa com apoiadores, ele citou uma decisão da chanceler Angela Merkel, que desistiu de impor um lockdown na Alemanha mais rigoroso e pediu desculpas à população. Merkel havia determinado endurecimento das restrições durante o feriado de Páscoa para frear a terceira onda da Covid-19. No entanto, a medida foi decidia em cima da hora, o que acabou gerando confusão e uma série de críticas. Para Bolsonaro, o recuo reforça a tese de que os efeitos da restrição são piores do que os gerados pelo coronavírus. “Governo está funcionando, mas não aparece. A Angel Merkel ia ter lockdown rigoroso, mas ela cancelou e pediu desculpas. Segundo a imprensa, ela falou que os efeitos de fechar tudo é muito mais grave que os efeitos promovidos.”

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, também se manifestou nesta quinta-feira contra o lockdown nacional, medida que considera impossível de ser aplicada no Brasil em razão da desigualdade. Ele afirma que a decisão de restringir a circulação de pessoas cabe apenas aos Estados e municípios, afirmando que o governo federal deve dar o apoio financeiro e logístico para garantir o cumprimento das medidas. Para o vice-presidente, o importante é frear o número de mortes causada pela Covid-19. “Agora vamos enfrentar o que está aí e tentar, de todas as formas, diminuir a quantidade de gente contaminada, quantidade de óbitos, que já ultrapassou o limite do bom senso.”

*Com informações dos repórteres Antônio Maldonado

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