Um dia após prometer união nacional, Bolsonaro volta a criticar lockdown
Para o presidente, os efeitos da restrição são piores do que as consequências causadas pelo coronavírus
O presidente Jair Bolsonaro voltou a se posicionar, nesta quinta-feira, 25, contra fechamento de atividades para conter o avanço da pandemia. Em conversa com apoiadores, ele citou uma decisão da chanceler Angela Merkel, que desistiu de impor um lockdown na Alemanha mais rigoroso e pediu desculpas à população. Merkel havia determinado endurecimento das restrições durante o feriado de Páscoa para frear a terceira onda da Covid-19. No entanto, a medida foi decidia em cima da hora, o que acabou gerando confusão e uma série de críticas. Para Bolsonaro, o recuo reforça a tese de que os efeitos da restrição são piores do que os gerados pelo coronavírus. “Governo está funcionando, mas não aparece. A Angel Merkel ia ter lockdown rigoroso, mas ela cancelou e pediu desculpas. Segundo a imprensa, ela falou que os efeitos de fechar tudo é muito mais grave que os efeitos promovidos.”
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, também se manifestou nesta quinta-feira contra o lockdown nacional, medida que considera impossível de ser aplicada no Brasil em razão da desigualdade. Ele afirma que a decisão de restringir a circulação de pessoas cabe apenas aos Estados e municípios, afirmando que o governo federal deve dar o apoio financeiro e logístico para garantir o cumprimento das medidas. Para o vice-presidente, o importante é frear o número de mortes causada pela Covid-19. “Agora vamos enfrentar o que está aí e tentar, de todas as formas, diminuir a quantidade de gente contaminada, quantidade de óbitos, que já ultrapassou o limite do bom senso.”
*Com informações dos repórteres Antônio Maldonado
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