Vacina contra a Chikungunya feita com apoio do Butantan é aprovada nos EUA
Acordo entre o instituto e a farmacêutica Valneva prevê transferência de tecnologia, além de pagamento de royalties sobre as vendas e por metas do desenvolvimento do produto
Uma vacina inédita aprovada nos Estados Unidos contra a Chikungunya será produzida no Instituto Butantan, em São Paulo. A parceria com o laboratório franco-austríaco Valneva prevê um acordo de transferência de tecnologia, além de pagamento de royalties sobre as vendas e por metas do desenvolvimento do produto. Em troca, o Butantan poderá desenvolver, fabricar e comercializar a vacina, que será aplicada em dose única. Nos EUA, os testes concluídos tiveram aval da FDA, agência reguladora americana, com aplicação em adultos acima de 18 anos. No Brasil, os experimentos estão sendo realizados em 750 adolescentes de 12 a 17 anos residentes em áreas endêmicas nas cidades de São José do Rio Preto, em São Paulo, Laranjeiras, em Sergipe, e em outras capitais, como São Paulo, Fortaleza, Manaus, Campo Grande, Boa Vista e Recife.
Avanço da dengue
A cidade de São Paulo registrou até o dia 1º de novembro de 2023 12.263 casos de dengue, 9% a mais do que o mesmo período do ano passado. O número de casos em 2023 é maior que a soma do ano de 2022 inteiro, quando houve 11.920 confirmações da doença. Outubro foi o campeão de novos casos. Dos 96 distritos administrativos do municípios, 44 apresentam média incidência de dengue, com a Zona Norte sendo a mais crítica, com bairros com índices próximos a de uma epidemia. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) isso se deve a fatores climáticos, demográficos, socioculturais, de infraestrutura urbana e de dinâmica populacional. Em 2023, 10 pessoas perderam a vida, enquanto em 2022 foram apenas 2 mortos.
Confira a reportagem na íntegra:
Leia também
*Com informações do repórter Daniel Lian
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.