Macron pede a Israel que pare de atacar civis em Gaza: ‘Bebês, mulheres e idosos estão sendo bombardeados’

Presidente da França disse que ‘não há outra solução a não ser uma pausa humanitária’ no conflito no Oriente Médio

  • Por Jovem Pan
  • 10/11/2023 23h15
Christophe Ena / POOL / AFP emmanuel-macron-israel-guerra-Christophe Ena-POOL -AFP Emmanuel Macron pediu para Israel interromper os ataques em Gaza

Emmanuel Macron clamou nesta sexta-feira, 10, para que Israel pare de atacar civis na Faixa de Gaza. Em entrevista à emissora “BBC”, o presidente da França disse que a “conclusão clara” de todos os governos presentes na conferência de ajuda humanitária em Paris sobre a guerra em Gaza, realizada no dia anterior, foi “que não há outra solução a não ser uma pausa humanitária”. Na conversa com o veículo de comunicação britânico, Macron afirmou que é necessário um “cessar-fogo que nos permita proteger todos os civis que não têm nada a ver com os terroristas”. O líder francês voltou a lembrar de crianças, mulheres e idosos que não têm qualquer responsabilidade pelo conflito. “De fato, hoje os civis estão sendo bombardeados. Esses bebês, essas senhoras, esses idosos estão sendo bombardeados e mortos. Portanto, isso não tem razão nem legitimidade. Portanto, pedimos a Israel que pare”, acrescentou Macron, que reconheceu o direito de Israel de se proteger e “condenou claramente” as ações “terroristas” do Hamas.

Questionado sobre uma possível violação da lei internacional por parte de Israel, Macron enfatizou que ele “não era um juiz”, mas “um chefe de Estado”. De acordo com o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, Israel lançou 250 ataques a hospitais, clínicas ou ambulâncias durante a guerra em Gaza, tanto nesse enclave como na Cisjordânia, enquanto o Hamas atacou centros de saúde israelenses 25 vezes. A reação militar israelense seguiu-se a um ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro em seu território, com invasões armadas a kibutzim, ataques com foguetes a várias cidades, assassinatos e sequestros.

*Com informações da EFE

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