Vacinas contra a varíola dos macacos chegam em setembro, diz secretário do Ministério da Saúde

Funcionário do governo também falou sobre a importância das campanhas de vacinação infantil contra a Poliomielite e contra a Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 09/08/2022 08h45
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration varíola dos macacos Tubos de ensaio rotulados como "positivo para o vírus Monkeypox", que provoca a varíola dos macacos

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite, coordenada pelo Ministério da Saúde tem o objetivo de vacinar 95% das crianças entre 1 e 4 anos de idade, patamar necessário para que a população possa estar protegida da doença. A pólio, que causa paralisia infantil, está oficialmente erradicada no Brasil desde 1994, no entanto, a partir de 2015 o país tem registrado quedas na cobertura vacinal. Para falar sobre a campanha contra a pólio, vacinação infantil contra a Covid-19 e também sobre a evolução da Varíola dos Macacos o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros. O funcionário do governo detalhou as medidas de combate à chamada Monkeypox e projetou que a primeira leva de vacinas devem chegar ao Brasil em setembro: “Depois que a Organização Mundial de Saúde decretou emergência de saúde pública de interesse nacional, nós elevamos o nível de alerta e temos hoje o COE, Centro de Operações e Emergência para a Varíola dos Macacos. Temos cerca de 2,2 mil casos confirmados no Brasil e temos teste sim. Temos quatro laboratórios que são referência e recebem amostras de todo o Brasil e estamos ampliando a testagem para mais quatro laboratórios. Com relação à vacina, temos uma única empresa dinamarquesa que tem uma capacidade de produção baixa. Mesmo assim, o Brasil já encomendou cerca de 50 mil doses de vacinas para Varíola dos Macacos. Está previsto que a primeira leva, cerca de 50%, chegue em setembro”.

O secretário fez um apelo pela vacinação infantil para impedir que a Poliomielite, por exemplo, volte a ser uma realidade no país: “A baixa cobertura vacinal é um problema, não apenas brasileiro, mas do mundo como um todo… Só através da vacinação que a gente pode impedir a reintrodução do vírus na nossa sociedade e na nossa população”. A vacinação da pólio se dá primeiro em três doses, no segundo, quarto e sexto mês de vida, respectivamente, e depois com doses de reforço dos 15 meses aos 4 anos. “O último caso foi em cerca de 1986. A erradicação aconteceu volta da década de 90. Isso faz com que muitas vezes as pessoas, principalmente os mais jovens, não conheçam ninguém com paralisia infantil, que é o principal sintoma associado com o vírus da pólio. O paciente desenvolve uma paralisia infantil e essa paralisia é permanente e irreversível”, alertou.

Medeiros também falou sobre a vacinação infantil contra a Covid-19 no Brasil. De acordo com o secretário, o Ministério da Saúde está promovendo esforços para aumentar o número de doses no país voltadas para esta população: “Quando [a vacinação infantil] foi aprovada pela Anvisa, nós tínhamos um quantitativo já distribuído e em estoque nos Estados. E isso permitiu que iniciássemos a campanha. Nós estamos em tratativas, tanto com o sistema COVAX, como também com o Instituto Butantan. Provavelmente na primeira semana de setembro, ou meados de setembro, chegarão novas doses e teremos, portanto, uma regularização com relação à distribuição das doses de vacina”.

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