Valdemar Costa Neto puxa boicote da direita ao 7 de Setembro: ‘Agora é hora de ficar em casa’

Em entrevista à Jovem Pan News, o presidente do PL também voltou a declarar que o partido vai rejeitar qualquer tipo de aliança eleitoral com o PT em 2024 e que negociações com o governo Lula serão punidas com expulsão

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2023 09h11 - Atualizado em 06/09/2023 09h54
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Reprodução/Jovem Pan News valdemar-costa-neto-7-de-setembro-entrevista-jovem-pan-news Presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, falou sobre a possibilidade de manifestações no dia 7 de Setembro

Em entrevista à Jovem Pan News, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou que o partido não deve se movimentar para promover manifestações no Dia da Independência do Brasil. “Agora é hora de ficar em casa. É a minha opinião. Nós não devemos sair, vamos ficar em casa no dia 7 de Setembro. Porque o que aconteceu com a gente no 7 de Setembro do ano passado foi muito triste. Nunca teve uma manifestação daquele tamanho no país, nunca. Eu estou em Brasília há 33 anos e nunca vi tanta movimentação, nem quando o Papa veio aqui e fez uma missa ao ar livre tinha tanta gente”, disse. O político faz referência aos quatro processos que tramitam no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre  o 7 de Setembro de 2022. A chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é acusada de abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação por supostamente se aproveitar do ato, com uso de estrutura administrativa e de recursos públicos, em prol da campanha eleitoral. Apesar das investigações em torno do ex-presidente, Valdemar reforçou que ainda aposta na força eleitoral de Bolsonaro e que ele tem a “decisão final” dentro do partido.

“O Bolsonaro é um fenômeno. O Bolsonaro tem uma popularidade que nenhum homem, na vida pública brasileira, atingiu. Tenho certeza que ele vai estar em um aspecto muito melhor no decorrer do tempo. Ainda mais quando for feita a comparação de um governo com outro, não deu ainda para fazer essa comparação (…) Nosso partido triplicou de tamanho, temos que reconhecer isso. O Bolsonaro deu para nós um maior tempo de televisão para essas eleições. Isso nós temos que reconhecer e não tem preço isso para nós, porque ninguém conseguiria fazer por um partido o que o Bolsonaro fez pelo nosso. Nós somos gratos a isso. O partido hoje tem uma voz final, uma decisão final, que é sempre do Bolsonaro”, argumentou.

O presidente do PL também voltou a declarar que o partido vai rejeitar qualquer tipo de aliança eleitoral com o PT em 2024 e que negociações com o governo Lula serão punidas com expulsão. “Nenhum conservador quer coligação com o PT. O que seria feito? Se um diretório fizer uma coligação com o PT, ele vai ser imediatamente destituído. Nós destituímos o diretório e vamos nomear outro diretório na cidade (…) Vai ser feito nacionalmente. Hoje eu assinei a saída do Yury, que fez o ‘sinal do L’. O Yury estava se dando bem. O ministro da Educação, que é do PT, foi governador do Estado dele, do Ceará, e da cidade dele. Então, ele quis tomar essa providência e já acertamos a saída dele. Quem tomar essa direção, de querer ter um cargo no governo ou uma posição no governo, vai sair do partido (…) Se um deputado se licenciar do PL para pegar um cargo no governo, está expulso”. O parlamentar Yury do Paredão (Sem Partido) foi expulso após posar ao lado do ministro Camilo Santana, o que causou a revolta de correligionários do PL.

Valdemar ainda afirmou que a multa de R$ 22 milhões, imposta pelo ministro Alexandre de Moraes ao partido por insinuação de supostos problemas em parte das urnas no segundo turno das eleições 2022, deve atrapalhar no financiamento das campanhas do PL em 2024. “Foi um exagero e prejudicou demais o partido. Sempre poupamos o dinheiro do Fundo Partidá’rio para ter para a eleição. Vamos ter uma verba grande por causa do número de deputados e senadores que nós elegemos, mas não é o suficiente para fazer campanha. Não acho que deva ser aumentada a verba, tem que ter um reajuste normal e acabou (…) Nessa eleição nós vamos bater uns 2 mil candidatos a prefeito, não temos dinheiro para todo mundo. Vereador nós devemos chegar a 15 mil ou 20 mil candidatos, para eleger uns 10 mil vereadores. O dinheiro não é suficiente, então nós temos que arrecadar”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

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