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Vans escolares são chamadas para transportar corpos de vítimas da Covid-19 em São Paulo

Em meio à colapso, Manaus enterrou corpos nas mesmas valas comuns

Em meio ao avanço da pandemia, a Prefeitura de São Paulo decidiu dobrar o número de veículos a disposição do Serviço Funerário do Município. Desde segunda-feira, 29, a capital paulista conta com cem carros para o serviço — metade foi contratado temporariamente pelo período de 30 dias, podendo ser prorrogado. Para conseguir os veículos, a Prefeitura firmou um contrato com a empresa Era Técnica Engenharia Construções e Serviços. Entre os motoristas chamados, estão os trabalhadores do transporte escolar. O presidente do Sindicato da categoria, Wesley Florêncio, explica que a maioria dos motoristas está com dificuldades financeiras.

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“Apareceram na reunião aproximadamente 130, 140 vans. Não só do escolar, mas também de outros segmentos como furgão, do turismo. Nós não tivemos nenhum tipo de auxílio da Prefeitura, nós tivemos uma tratativa no ano passado junto ao governo do Estado onde teríamos uma linha de crédito específica e, para nossa surpresa, semana passada saiu uma linha de crédito e o transportador escolar não foi incluso. Olha a situação que nós chegamos.” Segundo ele, os trabalhadores que aceitaram o trabalho terão suporte da empresa para a preparação das vans antes e depois da realização dos serviços.

“A van tem que tirar faixa, tem que tirar os bancos. A empresa se prontificou a dar todo o tipo de EPI, fazer transformação no veículo. Então não é só pegar a van escolar, buscar no IML e levar no cemitério.” Em nota, a gestão Bruno Covas afirma que o objetivo do aumento da frota funerária é “reduzir o sofrimento dos familiares”. Segundo a Prefeitura, os 50 veículos particulares contratados são dos tipos van, mini van ou furgão, mas não houve contratação de veículos escolares que prestam serviço para a cidade. Já o governo de São Paulo informa que “mantém canal aberto com todos os setores” e que “desembolsou cerca de R$ 2 bilhões em crédito para auxiliar empreendedores a atravessarem a crise em 2020 e 2021”.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

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