Venezuela está pronta para se defender de intervenção, diz chanceler
O chanceler venezuelano, Jorge Areazza, afirmou que o país está pronto para se defender da invocação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar). Países que não reconhecem Nicolás Maduro como presidente da Venezuela querem aprovar o tratado na Organização dos Estados Americanos (OEA) para classificar como ação belicosa a movimentação militar venezuelana na fronteira com a Colômbia.
O pacto prevê que se um país da OEA for agredido, os outros deverão prestar auxílio. Além dos Estados Unidos, outros dez países apoiam a medida, incluindo o Brasil.
Em entrevista nesta sexta-feira, o ministro das relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, negou que a medida seja uma intervenção militar. “Nenhum país está contemplando que essas medidas incluam medidas militares. Em qualquer caso, o próprio Tiar estabelece, muito claramente, que nenhum país será obrigado a utilizar medidas militares contra a sua vontade, portanto isso não gera nenhum problema”, disse.
A convocação de uma reunião para decidir se o Tiar deve ser invocado por meio de uma votação foi aprovada na última quarta-feira (11). Para aprovar a medida, 19 países-membros da OEA devem concordar. O encontro deve ocorrer no dia 23 de setembro.
*Com informações da repórter Natacha Mazzaro
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.