Verba destinada a partidos nas eleições compensaria perdas na Saúde e Educação, dizem especialistas

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que o Novo é o único partido político que se recusou a aceitar a verba eleitoral, que será revertida ao Tesouro Nacional

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2022 11h40
joelfotos/Pixabay Cédulas de 50 e 100 reais organizadas em espiral Rombo notificado pelo Banco Central chegou a R$ 298,5 bilhões devido à correção cambial e reavaliação da carteira

Os 32 partidos políticos do Brasil dividirão a quantia de R$ 4,9 bilhões de reais nas campanhas eleitorais deste ano. De acordo com especialistas consultados pela reportagem da Jovem Pan News, caso esse dinheiro fosse investido na Educação, por exemplo, os Estados teriam condições de fazer investimentos para manter no mesmo patamar os gastos anteriores à pandemia. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que o Novo é o único partido político que se recusou a aceitar a verba eleitoral, que será revertida ao Tesouro Nacional. A deputada Adriana Ventura (Novo) é contra o fundo eleitoral partidário e argumenta que foram muitos cortes na Educação e na Saúde e isso, segundo ela, não é uma prioridade.

“A gente sabe que o nosso país não tem a menor condição de atender essas prioridades básicas. Uma vez que esse dinheiro é retirado da Saúde e da Educação isso para a gente não faz o menor sentido. Segundo ponto que eu acho relevante dizer é o de que todas as pessoas financiam todos os partidos”, opinou a parlamentar. De acordo com Ventura, os critérios de implementação do fundo eleitoral não beneficiam a sociedade, mas apenas os partidos políticos: “Falar que democratiza o acesso [à política] é mentira, não democratiza o acesso. Basta ver como foi distribuído em 2020e em 2018. Se existissem regras claras para todos, fazendo uma distribuição de critérios inclusive para dar acesso e democratizar o acesso a conversa seria outra”.

Nesta eleição os partidos políticos deverão usar ainda mais a internet para atrair o eleitor indeciso, o que acarreta em uma fiscalização rígida por parte do TSE. Parte dos recursos serão usados para financiar campanhas online e em rádio, televisões e impressos também. Para o especialista Gustavo de Castro os políticos terão uma munição de dinheiro suficiente: “O fundo eleitoral começou com um valor menorzinho, quando foi a eleição para prefeitos e governadores. Depois ele veio e o tiro do fundo eleitoral esse ano é um tiro de míssil, porque o valor é bastante considerável, se a gente imaginar a situação econômica do país hoje. Porém, é o preço da democracia”. Para acompanhar quanto cada partido político vai receber nas eleições de 2022 basta acessar o site do TSE.

*Com informações do repórter Maicon Mendes

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