Volta da esquerda representará fome e criminalidade, critica deputado após declarar apoio a Bolsonaro

Paulo Ganime, do Partido Novo, alerta sobre a realidade de países que escolheram comandantes ligados a esse espectro político, como Argentina e a Venezuela; ele ainda defende que políticos devem comunicar para a população o melhor caminho para o país

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2022 09h00
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Luis Macedo/Câmara dos Deputados Paulo Ganime Deputado federal Paulo Ganime, do Partido Novo, não se reelegeu e nem venceu o governo do Rio de Janeiro nestas eleições

O deputado federal Paulo Ganime (Novo-RJ), que foi candidato ao governo do Rio de Janeiro no primeiro turno, declarou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições. Ele concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 7, para falar sobre seu anúncio. Segundo ele, o momento deve ser de dedicação das forças de centro-direita e direita em apoio à vitória do presidente e contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por associar o petista a uma possibilidade de crescimento da pobreza e da fome no Brasil. “A volta da esquerda para o Brasil, como um todo, a gente tem visto outros países que tomaram essa decisão, como a Argentina, nossa vizinha, sem falar da Venezuela, que acho que nem foi uma decisão de verdade da população, e representa pobreza, representa fome, criminalidade. No Rio de Janeiro, que é um Estado que já está dominado pelo narcoterrorismo, pela milícia, por tudo isso, a gente tem um risco ainda maior. Porque a gente viria um governo que tem como visão a tolerância ao crime, à bandidagem (…) Um governo de defesa do crime e intolerância com atuação policial, do Estado”, defendeu Ganime.

Sobre a declaração de apoio a Bolsonaro, o deputado, que não conseguiu se reeleger e nem vencer o governo do Rio de Janeiro, disse acreditar que sua função é de ajudar a comunicar melhor para o eleitor o que pensa sobre o desenvolvimento do país. “[As declarações de apoio] ajudam na comunicação com o eleitor. O eleitor toma decisões que ele recebe, mutias vezes, da imprensa, da mídia, de influenciadores, amigos, parentes ou pessoas públicas. O nosso papel agora é comunicar bem para a população, para o eleitor, o que representa tanto a reeleição de Bolsonaro como o retorno de Lula. Esse é o nosso papel, falar com as pessoas, nas redes sociais e nas ruas, para que a gente consiga deixar tudo muito claro e fazer com que o eleitor tome a melhor decisão possível, que, na minha opinião, não é voltar ao Lula”, afirmou.

Questionado também sobre o futuro do Partido Novo, que não atingiu a cláusula de barreira e perde uma série de prerrogativas dentro do Congresso Nacional e das próximas campanhas eleitorais, como tempo de rádio e TV, o deputado, que ficou sem cargo ao não se reeleger e nem vencer o governo do Rio, disse pensar que a legenda precisa entender onde errou. “Tem que fazer uma mea culpa, olhar para trás, tentar reorganizar. Não é um desastre, no sentido de achar que o Novo some ou se torna irrelevante. Nós temos o governador do segundo maior Estado do Brasil. Temos agora uma bacada menor, mas vamos continuar atuando baseados nos nosso princípios e valores. Agora, sem dúvida, a gente tem que avaliar o que errou e corrigir daqui para frente. A gente não parte de uma página em branco, há quatro anos o Novo não tinha nada do que perdeu e elegeu oito deputados e o governador de Minas.

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