“As velhinhas me assediam com apertos, carinhos e beijos”, brinca Padre Fábio de Melo

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2016 12h12
Rodrigo Freitas / Jovem Pan <p>Religioso participou do programa nesta quinta-feira (14)</p>

Tietado por famosos e anônimos, o Padre Fábio de Melo é uma das figuras mais queridas nas redes sociais e ganhou até status de celebridade, angariando milhares de seguidores.

“Essa aproximação acontece muito mais virtualmente, quando eu estou fisicamente nos lugares, o comportamento é respeitoso. A não ser as velhinhas que me assediam sem perceber que estão assediando, elas me apertam com carinhos e beijos, me chamam até de gostoso, mas têm o perdão da idade”, brincou, em entrevista ao Morning Show nesta quinta-feira (14).

Dono de um carisma único, o padre se diverte ao compartilhar com o público suas reflexões religiosas, em meio a mensagens com pitadas de muito bom humor. “Sempre fui descontraído, quem já me conhecia, sempre soube, mas só no ultimo ano é que as pessoas descobriram e vocês não fazem ideia de como isso tem facilitado a aproximação delas de mim”, garantiu.

Mesmo assim, ele é muito lúcido ao assumir de que tamanha exposição também pode ser perigosa: “pode me retirar do eixo, porque estamos dentro de um contexto em que a indústria do entretenimento engoliu a cultural, essa superficialidade. O desafio é não permitir que a alegria e a festividade, nos impeçam de dar o segundo passo, porque não acredito em experiência religiosa sem o autoconhecimento. É um exercício diário alimentar dentro do meu coração este espírito cristão que expulsa naturalmente a vontade de ser ou sentir que sou maior do que os outros”.

Sem associar seu nome a qualquer produto, o padre não aceita qualquer parceria apenas por conta de dinheiro, ressaltando que isso contradiz toda a sua filosofia de vida.

“Não acho que a minha imagem possa estar associada só porque isso vai ser rentável, me faz mal, não me deixa dormir bem. Enquanto eu tenho um parceiro que veicula um conteúdo que agrega, eu acredito, mas quando sinto que é uma mera exploração por causa de dinheiro. É hoje, para nós, como sociedade, o principal meio por onde se corrompe. Quando o Papa Francisco faz a reflexão de que ‘se for preciso a gente fecha o Banco do Vaticano’, isso é corajoso. Ele pode relativizar o poder que possui, que acima disso tudo é o carisma, aquilo que ele pode oferecer de graça”.

TV

Com a alta de obras inspiradas em histórias bíblicas, o sacerdote acredita que o sucesso é natural por conta do bom apelo que as tramas têm, gerando um interesse genuíno nos espectadores.

“A Record faz uma leitura muito inteligente, porque o religioso sempre foi muito atraente, mas o limite é muito pequeno, a linguagem religiosa pode ficar tosca no mínimo descuido. Quando se faz isso de forma que o sublime se sobressaia, acho muito legal”, completou.

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