A imagem de Fidel Castro serviu de referência à esquerda latinoamericana na segunda metade do século XX.
O cubano transformou a ilha onde nasceu na primeira nação comunista do mundo ocidental, em 1959.
A figura do jovem revolucionário inspirou os grupos armados da América do Sul que lutavam contra ditaduras militares nos anos 60 e 70.
Mas, na visão de um estudioso do regime cubano, a maior influência do comandante Fidel foi na ascensão de Hugo Chavez.
O professor da Unesp, Luis Fernando Ayerbe, autor do livro “A Revolução Cubana”, afirmou que o ditador moldou o chavismo na Venezuela nos anos 90.
Hugo Chavez iniciou uma onda de governos de esquerda na América Latina no início do século 21.
Evo Morales, que assumiu a Bolívia em 2006, homenageou Fidel no último sábado (26) afirmando que o cubano foi um maestro dos revolucionários.
Lula, amigo de Fidel desde os anos 80, visitou Cuba e defendeu os investimentos na ilha quando era presidente. Em uma dessas visitas, em 2008, afirmou que o ditador era o único mito vivo da humanidade.
Luis Fernando Ayerbe afirmou, no entanto, que o PT não teve uma ascendência direta do regime castrista.
No último sábado, o ex-presidente Lula disse que Fidel foi o maior de todos os latino-americanos. O petista ainda fez uma homenagem ao ex-ditador em seu sítio em São Bernando escrevendo os dizeres “Viva Fidel”.
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