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Lei de Zoneamento pode ser votada ainda em 2015, mesmo com críticas da população

Moradores do Jardins protestam contra revisão de Zoneamento

 Mesmo sob críticas, texto da nova lei de zoneamento pode ser votado nesta semana na Câmara de São Paulo. A Comissão de Política Urbana vota na segunda-feira (07/12) o relatório do vereador Paulo Frange, do PTB.

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A revisão da lei que regula o que pode ser construído em cada área da cidade coloca em risco o perfil de muitos bairros paulistanos. Moradores dos Jardins e da Zona Oeste reclamam da liberação de comércio em zonas estritamente residenciais e do aumento do tamanho dos prédios. Entre as vias que poderão ser modificadas estão a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, e as ruas Colômbia e Estados Unidos.

O presidente da AME Jardins, Fernando José da Costa, ressalta que a nova legislação poderá alterar significativamente alguns bairros: “Aquele bairro, que as pessoas optaram por morar por ter aquelas características podem, do dia para a noite, por uma lei, simplesmente mudar completamente”. O presidente da AME Jardins lembra que a mudança no zoneamento de algumas regiões poderá trazer problemas como o barulho e o trânsito.

A Diretora do Movimento Defenda São Paulo, Lucila Lacreta, reclama a Anderson Costa que os moradores não foram ouvidos nas audiências públicas: “Estamos há mais de um ano e meio participando, apresentamos trabalhos completos urbanísticos e técnicos, avaliando as propostas e nada disso foi ouvido e realmente alterado”. Lucila Lacreta ainda critica o aumento da verticalização em áreas em que ela acredita que não suportam o aumento do tráfego de veículos.

Falando a Tiago Muniz, o vereador Paulo Frange explica que a mudança em alguns usos nas zonas corredora atendeu a demanda dos moradores: “A sociedade pediu que alguns usos não fossem incluídos como albergues, flats e motéis. Já tiramos da lista para não impactar nestas zonas corredores”.

Moradores das áreas residenciais ameaçam acionar a Justiça se as mudanças solicitadas por eles não forem incluídas no texto final da lei. A expectativa da gestão Fernando Haddad é que o projeto seja aprovado em primeiro turno ainda em 2015.

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