Deputado defende projeto de lei para proteger tradição do forró em festas juninas: ‘Hoje tem mais sertanejo e funk’

Em entrevista ao Morning Show, Fernando Rodolfo previu desaparecimento da música tipicamente nordestina das comemorações do São João em cinco anos: ‘Essa apropriação cultural é o que pretendemos combater’

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2023 13h46
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Reprodução/Jovem Pan News Fernando Rodolfo Fernando Rodolfo foi o convidado do programa Morning Show

Nesta segunda-feira, 26, o programa Morning Show recebeu o deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE). Em entrevista, ele deu detalhes sobre o Projeto de Lei Luiz Gonzaga, que defende a tradicionalidade do forró nas festas juninas. O parlamentar argumenta que o gênero perde espaço para outros em festas. “O projeto que propõe a criação tem a finalidade de fazer uma reparação cultural, estamos vendo a utilização do dinheiro público para destruir uma cultura: a das festividades juninas. A lei, uma vez sancionada, vai frear essa invasão de outros gêneros musicais num território que tradicionalmente vem sendo mantido através do forró. Essa apropriação cultural é o que pretendemos combater”, disse. “Quando o projeto tramita no regime normal, isso iria demandar muito tempo, talvez cinco ou seis anos. Se a gente continuar tendo as festividades juninas da forma que estamos tendo hoje, daqui a cinco anos não temos mais forró. Essa matéria está pronta para ser votada em plenário. Quem conhece a realidade das festividades nordestinas, a tradição já está acabando”, justificou.

O deputado de Pernambuco explicou que a ideia é que a lei garanta a presença de pessoas do gênero nas festas típicas, mas não exclua outros gêneros. “A grade de programação tem muito pouco de forró… Tem muito mais axé, sertanejo, funk, eletrônico, e o mínimo de forró. Estão utilizando a verba pública para destruir essa cultura. Nossa proposta não é limitar aos forrozeiros tradicionais, nada disso”, explicou. “Não enxergamos problemas na presença de outros gêneros, o problema é serem priorizados. A iniciativa privada pode fazer a contratação que ela quiser. O problema não é ter um Bell Marques e uma Ivete Sangalo, o problema é serem prioridade. O que queremos proteger é a cultura”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com Fernando Rodolfo:

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