“Canto porque amo, mas não estou disposta a fazer carreira”, diz filha de Fafá de Belém, Mariana
O grupo Mariana Belém & Loslobosbobos questiona o que faz uma música se tornar brega no show F@RR@@@. Das doze apresentações do grupo, Fafá de Belém participou de três e recebe homenagem. Loslobosbobos se apresentam mais duas vezes no Barnaldo Lucrécia, em São Paulo, em evento da Sociedade da Cerveja. Mariana Belém, GepeteanH e Ricardo Arantes estiveram no Morning Show para contar mais sobre o repertório do show.
“A gente pensou em músicas que todo mundo conhece, mas que em alguma época alguém falou mal, que foi considerado brega”, conta Mariana. O grupo canta músicas de Wando, Reginaldo Rossi, Michel Tello, Anitta e Valesca Popozuda, entre outros. “São músicas que você pode achar meio bregas, mas em algum momento da sua vida você cantou, nem que estivesse bêbado”, brinca a cantora.
Fafá de Belém foi convidada para participar de algumas apresentações e recebe homenagem porque foi considerada brega na fase em que cantava sertanejo com Chitãozinho e Xororó. “Sertanejo naquela época era cafona, hoje tem 50 mil rádios de música sertaneja, tem Luan Santana, os eventos de sertanejo fazem muito dinheiro. Por que naquela época era considerado brega e agora não é mais?”, contesta a filha de Fafá.
GepeteanH explica que a filosofia do grupo é trabalhar com essas músicas sem culpa ou julgamento: “A gente não quer julgar se o que a pessoa faz é brega ou não. Vamos nos permitir e se divertir”.
O show é dividido em três partes: a Farra das Poderosas, com músicas de Anitta e Valesca; a Farra dos Cafajestes, com Sidney Magal e Mamonas Assassinas; e uma homenagem à Fafá de Belém. “Resolvemos homenageá-la porque ela é do Pará, o lugar onde o termo brega foi fomentado com o tecnobrega, e porque quando as pessoas vão ao show de Mariana, pedem para ela cantar músicas da mãe”, revela GepeteanH.
O show é muito animado e o público costuma levantar para fazer as coreografias de Anitta e dançar músicas das Frenáticas, como Abra as suas asas. Os garçons também entram na dança, pegam as bandejas e fazem um panelaço. “Os donos do bar jogam papel picado na gente, a gente se sente no final da Copa”, descreve Mariana.
A cantora lembra do seu começo de carreira. Quando era pequena, era pressionada para cantar com a mãe e seguir a carreira, mas ela não gostava e pensava que preferia trabalhar com alguma coisa relacionada à computação. “Hoje vivo mais com o meu blog do que com música”, conta. Na juventude ela cursou jornalismo e fez um mochilão na Europa, onde acabou estudando canto lírico na Itália.
Quando Mariana Belém voltou ao Brasil, não queria pegar carona da carreira da mãe, e se apresentava com o sobrenome do pai para não ser reconhecida. “Eu tive muito mais influência da família do meu pai do que da minha mãe, porque ele e meus dois avôs trabalhavam com música”, argumenta. Ela diz que atualmente se sente realizada com o blog e que canta porque está na genética, mas que não pretende seguir carreira nesta área.
Serviço:
F@RR@@@
Mariana Belém & Loslobosbobos
23 de julho e 30 de julho
Horário: 21h00
Barnaldo Lucrécia
Rua Abílio Soares, 207 – Vila Mariana
São Paulo
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