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"Foi o seu testamento ao cinema", diz Anna Muylaert sobre último filme de Hector Babenco

"Foi o seu testamento ao cinema", diz Ana Muyllaert sobre último filme de Hector Babenco

O premiado cineasta Hector Babenco morreu na noite da última quarta-feira (13), deixando uma grande herança para os novos diretores brasileiros. Uma dessas pessoas que está seguindo os passos de sucesso do argentino radicado no Brasil é Anna Muylaert. A mulher por trás de “Que Horas Ela Volta?” lamentou a perda do veterano de 70 anos e acredita que o filme “Meu Amigo Hindu” foi o seu testamento para a sétima arte.

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“Eu conheci o Babenco muito pouco, mas ele tinha uma vivacidade pelas coisas. Ele deixou uma das maiores obras do cinema brasileiro, tinha um olhar muito cult. Ele tinha essa doença que lutou por 20 anos e esse filme “Meu Amigo Hindu” é praticamente um testamento”, comentou.

Babenco lutou contra um câncer linfático desde 1990 e o longa protagonizado por Williem Dafoe mostra um cineasta que tenta seguir em frente enquanto faz um tratamento pesado contra um câncer agressivo.

Muylaert ressaltou a alegria e brilho nos olhos que o cineasta tinha quando rodava os seus filmes. Ela ainda engrandeceu toda a qualidade e visão do argentino, revelando que “Meu Amigo Hindu” foi rodado com uma única lente.

“Ele usou uma lente o filme todo. O filme tem uma elegância visual. O Babenco era sem dúvida o grande nome do cinema brasileiro, muito vivaz, parecia uma criança de entusiasmo no cinema. Esse último filme foi uma forma de fechar a vida dele. Ele cumpriu a sua história e soube compreender o seu próprio timing”, concluiu.

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