Vacina reduzirá mortalidade de coronavírus mesmo que ele continue circulando, diz infectologista
Michael Ryan, diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse na quarta-feira (13) que se medidas firmes não forem tomadas, o coronavírus pode “nunca desaparecer” e se tornar uma doença endêmica. Apesar de alarmante, o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas, concordou com a fala de Ryan.
Em entrevista ao Morning Show nesta quinta-feira (14), o médico exemplificou com o surto de H1N1 o que pode acontecer com a Covid-19. “Entendemos que é um vírus que faz parte do nosso meio, é um vírus novo e mutante que veio para ficar. Mas o desenvolvimento de vacinas [contra a H1N1] colocou a doença como parte do nosso meio”, disse.
“A fala do diretor da OMS gera pânico, mas nos próximos meses teremos uma vacina para proteger a população [do coronavírus] e dessa maneira garantir que não haja um aumento de mortalidade por desproteção”, completou Gorinchteyn.
O infectologista disse que o avanço da pandemia de coronavírus causa preocupação, pois o momento é delicado para o setor da saúde. “Nós como médicos estamos avaliando o impacto em decorrência da doença em si e da desassistência que acontecerá aos pacientes se não tiver leitos e respiradores suficientes nos hospitais, além da capacitação de funcionários. [Poderemos ter] um colapso em todas as esferas do ambiente hospitalar.”
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