Não seria prudente colocar vidas em risco, diz Nas Ruas sobre manifestação cancelada

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2020 11h22 - Atualizado em 18/03/2020 19h07
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Jovem Pan Tomé Abduch foi o convidado do Morning Show nesta sexta-feira (13)

Em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro, que apareceu usando máscara na quinta-feira (12), sugeriu que concorda com o adiamento da manifestação que estava marcada para este domingo (15), falando em atrasar o ato em “dois ou três meses”.

O porta-voz do movimento Nas Ruas, Tomé Abduch, conversou com a bancada do Morning Show para falar sobre a decisão do movimento em cancelar o ato em decorrência do risco de transmissão do novo coronavírus.

“No momento que percebemos que o coronavírus chegou em São Paulo, começou a nossa preocupação. Seria imprudente da parte de qualquer brasileiro colocar vidas em risco por conta de aglomerações. Ainda mais que o coronavírus é um problema mundial”, explicou Abduch.

Para ele, o momento é de precaução. “Sabemos que 10% das pessoas que pegam o coronavírus podem precisar de uma UTI e o Brasil não é preparado pra isso. Então nós, do Nas Ruas, já estamos falando há bastante tempo sobre a possibilidade do cancelamento da manifestação, mas nós gostaríamos de um posicionamento do governo federal e do Ministério da Saúde.”

Tomé Abduch rebateu as críticas recebidas pela decisão de adiar a manifestação do dia 15 de março, reforçando que a decisão é unicamente por causa de questões de saúde pública.

“Tem muita gente chateada conosco, dizendo que tem que ir pras ruas para mostrar nossa voz, mas eu acredito que é prudente, pelo bem das pessoas nesse momento, que a manifestação não aconteça agora”, disse.

Manifestação não é ataque ao Congresso

Abduch relembrou que o mote da manifestação nunca foi ataque ao Congresso, mas sim demonstrar apoio ao governo Bolsonao.

“Nós somos a favor das instituições brasileiras, tanto do Congresso Nacional quanto do Supremo Federal. As instituições são importantes para um país democrático e devem sim ser respeitadas e mantidas sempre. O que não apoiamos são alguns políticos que fazem parte dessas instituições, que nós entendemos que não são a favor do Brasil e que têm seus próprios interesses”, explicou.

“Essa manifestação nunca foi convocada como ataque ao Congresso Nacional. (…) Nós estaríamos indo às ruas para apoiar as coisas propositivas desse novo governo. O apoio não era ao presidente, era ao governo.”

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