Marcelo Falcão é contra a liberação de armas: ‘Já é tragédia do jeito que está’

  • Por Jovem Pan
  • 23/05/2019 12h42 - Atualizado em 23/05/2019 12h45
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Jovem Pan Marcelo Falcão trabalha no lançamento do seu primeiro disco solo

No mesmo mês em que O Rappa completou um ano de pausa sem previsão de retorno, Marcelo Falcão lançou “Viver (Mais leve que o ar)”, seu primeiro disco solo, lançado em fevereiro desde ano.

“Tem que ter uma mensagem positiva. Viver nesse momento e ser mais leve para ouvir uma crítica ou falar alguma coisa, tem que saber fazer isso. (…) Foi um aprendizado para mim ter vivido no estúdio com várias pessoas experientes, acumulei muito material para não ter que ficar correndo pra fazer um disco”, disse o cantor durante entrevista ao Morning Show nesta quinta-feira (23).

O disco vem num momento delicado politicamente para o país e, sobre isso, Falcão tem fortes opiniões, especialmente sobre a liberação de armas.

“Isso é muito trágico. Já é uma tragédia do que jeito que está, o cidadão comum mexer com arma não tem nada a ver. Andar armado não é a melhor solução, não. É a maior besteira do mundo”, disse.

Mas as opiniões contrastam com a escolha de uma prática “mais leve” de vida, fruto de muita reflexão, principalmente ao olhar para o trabalho do grupo que consagrou Falcão.

“Com O Rappa, era todo dia o dedo na ferida, todo dia brigas para que nossa música chegasse e fosse um estimulante para as pessoas no dia a dia. [Refleti] sobre quais foram os prejuízos disso e foram todos, mas a música foi a única coisa que eu vi fazer diferença”, declarou.

Mas a fase mais intimista também decorre de perdas durante essa trajetória. Somente neste ano, Falcão perdeu dois grandes amigos: Marcelo Yuka, ex-integrande d’O Rappa, que morreu em janeiro; e Ricardo Boechat, morto em fevereiro após um acidente de helicóptero.

“Os bons se vão e vai sobrando só uma galera que temos que ficar sempre duvidando. (…) [Boechat] era um amigo mesmo, sempre que vínhamos fazer show em São Paulo conseguíamos jantar com ele e a Veruska. Aprendi a ouvir o programa dele [na Rádio BandNews] com uns amigos taxistas do Rio de Janeiro”, relembrou.

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