‘Não quero ser o cara que quando abre a boca é uma tragédia’, diz Rafael Cortez sobre carreira musical
Músico lançará em breve disco produzido por Pedro Mariano, filho de Elis Regina
Revelado pelo programa CQC em meados dos anos 2000, poucos sabiam que Rafael Cortez tinha também uma vocação na música, que praticava por hobby. Durante uma conversa a bordo de um Volvo XC40 com Fred Ring, no quadro “No Caminho Te Explico”, do programa Morning Show, o humorista contou sobre o fortalecimento de sua paixão pela música após a participação no reality show Popstar, da Globo. “Foi demais ter feito, mas eu fui pra me divertir. Foi aí que eu entendi na prática que o espectador de reality show quer que você leve a sério. Mas quando eu me dei conta que eu tinha que levar o Popstar a sério mesmo, já estava no meio da temporada e eu já tinha virado o divertido sacana ali.” O programa, no entanto, foi essencial para o ator levar adiante sua carreira, que contará com o lançamento de um álbum produzido por Pedro Mariano, filho de Elis Regina: “Depois do Popstar e vendo como funcionam os bastidores, eu fui me dedicar a estudar canto. Eu de fato fui me dedicar a estudar canto porque eu não quero mais ser o cara que as pessoas dizem que toca bem, mas quando abre a boca é uma tragédia”.
Apesar de ter mostrado essa vocação ao público apenas nos últimos anos, a música tem um lugar especial na vida de Rafael desde o ensino médio, quando passava por questões de saúde mental. “Com 17 anos eu estava numa depressão ferrenha, eu era um super moleque problemático. Fui apresentado à MPB e eu fiquei enlouquecido, comecei a estudar violão clássico para ser violinista de concerto. Prestei vestibular para a UNESP (Universidade Estadual Paulista) e não passei. Nunca mais tentei ser profissional em violão clássico porque foi um baque muito grande. Essa minha desilusão me fez ir para o teatro. Eu já fui caboman, assistente de produção e assistente de externa, mas a música sempre continuou como hobby.”
Rafael ainda contou sobre os bastidores de sua contratação para o quadro de repórteres do CQC, em 2008. “Eles me chamaram porque eu tinha sido um produtor muito experiente, e todo lugar que eu ia tentando uma vaga de artista, me diziam: ‘Você não é produtor?’ Ao invés de dizer não no telefone, eu disse ‘Eu vou aí fazer essa entrevista’. Eu falei: ‘Eu vim aqui para dizer que eu quero trabalhar como repórter’. E aí o cara disse que para ser repórter tinha que ser comediante, fazer stand up. Eu já estava com 31 anos e não tinha mais nada a perder.” Para o futuro, Cortez revelou que ainda existem muitos sonhos que gostaria de concretizar: “Eu quero ter filhos e preciso atuar em uma novela.”
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