Ricardo Nunes pede para população fiscalizar ações que prejudicam combate a enchentes: ‘Pode filmar e mandar para a prefeitura’
Em entrevista ao Morning Show, prefeito revelou projeto para aplicar multas altas em quem entope bueiros, lamentou mudanças climáticas e falou sobre as conversas com Tarcísio para resolver os problemas da capital
Nesta segunda, o programa Morning Show recebeu o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes para discutir sobre as fortes chuvas, alagamentos e enchentes que atingiram a cidade neste final de semana. “É bem assustador, a gente viu aquilo de uma forma muito triste. Ainda mais que, infelizmente, teve a morte de uma senhora neste final de semana. Principalmente na região da Capela do Socorro, chuvas muito fortes. Está mudando muito o comportamento das chuvas. Há questões das mudanças climáticas, está chovendo um volume muito grande num espaço curto de tempo”, observou. Ele citou investimentos na cidade e convidou a população a denunciar irregularidades no descarte do lixo. “A cidade tem feito bastante ações para poder minimizar. No ano passado, a gente investiu R$ 1,7 bilhões em contenções de encostas, canalizações de córregos e obras de microdrenagem. Fez o plano diretor de drenagem, um trabalho inédito com a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica da USP para ter todo o mapeamento da questão de drenagem. Precisamos melhorar culturalmente: não jogar garrafa, não jogar lixo na rua, caminhões de descarte irregular… Mandei o projeto para aumentar o valor da multa. A gente quer pegar esses indivíduos para poder dar uma multa pesada e poder criar uma conscientização. Quando alguém ver um caminhão jogando lixo, poder filmar e mandar para a gente [prefeitura]”, acrescentou.
O projeto de lei mencionado por Nunes foi proposto para a Câmara dos Vereadores e prevê o aumento de multa para empresas que poluírem bueiros da cidade. “A gente tem vários locais da cidade que sofrem bastante. Mandei um projeto de lei para a Câmara aumentando a multa para essas empresas que acabam entupindo nossos bueiros, principalmente as empresas de concreto que ficam lavando aquele resíduo. Isso gera o impedimento do fluxo normal da água. Eu e o Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] temos uma relação super boa, tenho falado constantemente com ele”, contou. “Temos áreas de risco classificadas em R1, R2, R3 e R4. A R4 é a de maior risco, temos 11.690 casas que hoje estão em R4. São áreas de altíssimo risco. No ano passado, fizemos várias ações e reduzimos em 12 locais as áreas de R4. Fizemos muitas obras de contenções de encostas, piscinões, drenagem e microdrenagem. A gente está agora com planos de obras para mitigar ou fazer a remoção de famílias”, concluiu.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.