‘Tenho mais medo do Moro do que do Lula’, diz Carla Zambelli sobre as eleições de 2022
Em entrevista ao Morning Show, deputada justificou seu receio com ex-juiz, dizendo que ele pode enganar muita gente
Nesta segunda-feira, 7, o programa Morning Show, da Jovem Pan, recebeu a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). Crítica à pré-candidatura de Sergio Moro, a parlamentar revelou ter mais medo do ex-juiz que de Lula em uma eventual conquista da presidência nas eleições de 2022. “Tem certas coisas no Moro que me dão muito medo. Eu tenho muito mais medo do Moro do que do Lula. Lula não consegue enganar; o Moro, com aquele jeitinho dele, fala mansa e frieza, ainda pode enganar muita gente”, disse. “Ele nunca bateu no STF. Não é assim que se faz, não pode entrar com o impeachment. É errado entrar com o impeachment? Ele fez um vídeo dizendo que pessoas que não respeitam o isolamento social poderiam sim ir para a cadeia. Diversos trabalhadores começaram a ir presos, não têm o ministro da Justiça a favor deles”, justificou.
Zambelli também comparou Moro ao presidente Jair Bolsonaro. “O presidente tem seus defeitos? Ele tem seus defeitos. Mas eu prefiro muito mais os defeitos do presidente, essa coisa dele falar de forma explosiva e o que ele pensa, porque eu sei quais são os defeitos”, disse. Para ela, o perfil do ex-ministro da Justiça não é adequado para concorrer ao Planalto. “O problema do Moro é que a gente não sabe o que esperar dele, ele é uma pessoa imprevisível. Essa imprevisibilidade, para um cargo de presidente da República, é um defeito mortal.”
A parlamentar ainda opinou sobre a ida de Bolsonaro ao PL. Segundo ela, a filiação faz parte também de uma estratégia para bancar os custos da campanha em busca da reeleição. “Acho que ele está dando exemplo, mas ensinar é difícil, cada um faz o que sua cabeça manda. Acho que o presidente procurou um partido no qual ele pudesse se candidatar. Reeleição é complicado, o custo disso durante a campanha é por conta do candidato, é um custo alto a manutenção dessa reeleição dentro do cargo. Esse motivo fez ele procurar um partido grande. Ele não pode se candidatar sem um partido, infelizmente não tem candidatura independente no Brasil”, disse.
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