Van Hattem critica exclusão do Novo em CPMI do 8 de Janeiro: ‘Lula ou Moraes está mandando em Arthur Lira’
Em entrevista ao Morning Show, parlamentar afirmou que decisão foi ‘antidemocrática’ e comemorou adiamento do PL das Fake News
Nesta segunda-feira, 8, o programa Morning Show recebeu o deputado federal Marcel van Hattem. Em entrevista, ele criticou a exclusão do partido Novo do rodízio da CPMI do 8 de Janeiro e questionou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. “Essa manobra foi autorizada pelo Rodrigo Pacheco, mas solicitada pelo presidente Arthur Lira, que encaminhou ao presidente Pacheco a composição da Câmara dos Deputados, excluindo o partido Novo do cálculo. Um total absurdo, completamente antidemocrático, desrespeito à proporcionalidade e a própria constituição. O partido Novo faz parte da câmara dos deputados, é uma bancada constituída. A desculpa que não superamos a cláusula de barreira não rola, temos participação na Comissão Mista de Orçamento além de participar das comissões de medidas provisórias. O que o Arthur Lira fez foi dar um golpe no Novo, completamente inconstitucional, o presidente Pacheco abriu mão de sua prerrogativa. Ou há cumpliciamento ou parceria no projeto de autoritarismo que está sendo implementado pelo poder Judiciário”, disse. “Ou Lula ou Alexandre de Moraes está mandando no Arthur Lira. O Lira está se colocando numa posição de submissão e não de respeito ao parlamento que ele deveria conduzir como uma pessoa independente. Ele está tomando lado”, acrescentou.
Contrário ao PL das Fake News, o parlamentar comemorou o adiamento na Câmara e afirmou que pressão popular contra o projeto de lei auxiliou a oposição. “A Câmara dos Deputados felizmente disse não ao PL da Censura, lamentavelmente ele não foi colocado em votação, aí a derrota teria sido, para este ano, definitiva. Foi retirado de pauta, foi uma vitória provisória. Precisamos ficar em alerta, a qualquer momento pode ser pautado novamente. Minha impressão é que a Câmara vai derrubar esse projeto, pois a pressão popular está muito forte. Precisamos aumentar a pressão social sobre as decisões dos ministros do Supremo, que já há muito tempo não são magistrados mais”, pontuou Van Hattem. “Derrotamos o marco do saneamento de Lula por quase 300 votos contra a proposta do governo. Não sou bolsonarista, sou uma pessoa que sofreu na campanha em virtude disso. Não podemos cair na armadilha de ser confundido com bolsonarista e não defender o devido processo. Minha indignação é a mesma que eu teria se os perseguidos fossem da esquerda. Para que tenhamos ordem econômica, é preciso ordem política. Precisam ter certeza que as leis valem para todos”, concluiu.
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