“Às vezes o silêncio é muito importante”, diz fonoaudióloga Maria Silvia Siqueira Campos

  • Por Jovem Pan
  • 01/03/2016 12h07
Bruna Piva / Jovem Pan <p>Fonoaudióloga participou do programa nesta terça-feira (1)</p>

Mestre e doutora na comunicação e expressão oral do ator, Maria Silvia Siqueira Campos é especialista na chamada preparação que os profissionais fazem antes de encarar um novo papel.

“Eu não gosto de usar a palavra ‘preparar’, porque a ideia é achar os melhores caminhos, as melhores formas para desenvolver um personagem. A gente estuda junto. Quanto maior a imersão, o resultado fica mais interessante. Às vezes o silêncio é muito importante, o sotaque”, contou em entrevista ao Morning Show desta terça-feira (1).

Segundo a fonoaudióloga muito deste processo envolve trabalhar com as emoções, para dar vazão às expressões de uma forma mais verdadeira: ”O seu emocional, tanto na raiva, quanto no afeto, volta à sua origem, à sua família, e é difícil ter este controle”.

Recentemente uma de suas alunas foi Andréia Horta, que será responsável por dar vida à Elis Regina no cinema, uma responsabilidade e tanto.

“Foi o trabalho mais longo que fiz, por conta da própria intensidade que é Elis, ela sempre viveu de uma forma intensa, com camadas muito profundas, todas regadas à muita emoção, nunca teve nada superficial. Geralmente ficamos entre 5 e 6 semanas, neste foram 3 meses, mas porque precisávamos mesmo, do foco, da imersão. Tudo o que ela viveu, o que passou, ela carregava muito, tinha um posicionamento político, colocava nas músicas, nos arranjos, sempre refletindo o que estava sentindo e vivendo”, adiantou.

Já sobre a polêmica na interpretação em espanhol de Wagner Moura ao traficante Pablo Escobar, no seriado “Narcos”, da Netflix: “Você tem que estar entregue, que aí faz a diferença. Eu achei muito bacana, esse e é um ator que tem superimersão, profundidade, estuda a beça. Eu achei a critica do sotaque completamente descabivel”.

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