‘Se Deus quiser, a gente acaba logo com a farsa desse ex-ministro’, diz Bolsonaro sobre Moro

Ministro Marco Aurélio de Mello afirmou que adiará o depoimento do presidente à PF até que a Corte julgue o pedido para que este seja feito por escrito

  • Por Jovem Pan
  • 17/09/2020 21h11
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Carolina Antunes/PR Sergio Moro aperta mão de Jair Bolsonaro Moro deixou o governo em abril, após Bolsonaro exonerar o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo

Um dia após protocolar um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que possa prestar depoimento por escrito no âmbito das investigações que apuram suposta interferência na Polícia Federalo presidente Jair Bolsonaro afirmou que quer encerrar “logo com esse processo” e com a “farsa do ex-ministro Sergio Moro“. “Se Deus quiser a gente encerra logo esse processo e acaba com essa farsa desse ex-ministro de me acusar de forma leviana. Moro diz que não me acusou, que trouxe fatos, tá de brincadeira esse Sergio Moro”, disse Bolsonaro em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 17.

Hoje, o ministro Marco Aurélio de Mello afirmou que adiará o depoimento de Bolsonaro à PF até que a Corte julgue o pedido para que este seja feito por escrito, conforme solicitado pelo presidente nesta quarta-feira, 16. Na última semana, o ministro Celso de Mello negou a solicitação, mas o caso acabou sendo encaminhado para o gabinete de Marco Aurélio devido ao afastamento de Celso, o relator original, por licença médica até 26 de setembro. O decano da Corte havia autorizado Moro a enviar, por meio de seus advogados, perguntas a serem respondidas pelo presidente. Bolsonaro também criticou este ponto da decisão.

“O inquérito continua e Celso queria que eu depusesse de forma presencial, respondendo perguntas para dois advogados do Moro e para o próprio Moro. Moro não tem que perguntar nada para mim”, disse Bolsonaro, lembrando que, 30 dias antes de pedir demissão do governo, o ex-ministro garantiu que o presidente nunca havia interferido na corporação. Moro deixou o governo em abril, após Bolsonaro exonerar o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Segundo Moro, o presidente tentava indicar para o cargo alguém mais próximo a ele e também exigia acesso a informações de inteligência da corporação. Após a acusação, a Procuradoria-Geral da República passou a investigar o caso.

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