Ana Paula: Cassado, Witzel usa CPI da Covid como palco para falar o que quer e dar ‘lição de moral’

Declarações feitas por ex-governador do Rio de Janeiro a senadores em comissão foi debatida por comentaristas do programa ‘Os Pingos Nos Is’

  • Por Jovem Pan
  • 16/06/2021 20h00 - Atualizado em 16/06/2021 20h33
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Jefferson Rudy/Agência Senado wilson witzel na cpi da covid 19 Witzel deixou sessão da CPI da Covid-19 após ser questionado

O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), decidiu se retirar da CPI da Covid-19 nesta quarta-feira, 16, durante questionamentos feitos pelo senador Eduardo Girão (Podemos). Ele teve a prerrogativa de deixar a comissão após ser blindado por uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu ao ex-governador a possibilidade de não comparecer ao depoimento e, caso comparecesse, ficar em silêncio e não firmar compromisso de dizer a verdade. “Essa frase não é minha, essa frase é a frase que virou um mantra hoje no país em relação ao desvio em pandemia. Desviar verba pública em época de pandemia não é apenas corrupção, é assassinato”, afirmou Girão, lembrando que milhares de respiradores foram distribuídos para o Estado do Rio e questionando sobre o valor unitário dos equipamentos antes de ser interrompido pelo presidente da comissão, Omar Aziz, informando sobre a decisão de Witzel de se retirar. O senador Jorginho Mello (PL) também questionou Witzel sobre os desvios no RJ, afirmando que o ex-governador é uma “negação para o Estado do Rio de Janeiro, para a política brasileira e para o judiciário”.

Para a comentarista do programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan, Ana Paula Henkel, não resta dúvidas de que a CPI da Covid-19 é uma “palhaçada”. Ela criticou Witzel por, mesmo cassado por unanimidade, dar “lição de moral” usando tempo e dinheiro dos pagadores de impostos com o apoio de Renan Calheiros. “Lamento profundamente o tempo que nós perdemos por ossos do nosso ofício. A gente tem que sentar, tem que ver, tem que assistir, tem que apurar o que eles falam também. Hoje foi muito difícil”, afirmou. Ela questionou como foi possível que os senadores deixassem Witzel usar a CPI como um “palco do que ele queria falar” e se retirasse no momento em que foi questionado sobre o que a população queria saber. “O que aconteceu com os respiradores? O que aconteceu com as verbas federais que foram passadas para os governadores, para os municípios? Aí ele simplesmente deixou o palco”, relembrou. Ana Paula considerou a sessão como um “quadro de Salvador Dali” no Senado, afirmou que a discussão sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco não tem relação nenhuma com a comissão e frisou que o ex-governador chegou a chamar o relator de “Renanzinho” durante as suas falas. “Esse discurso de que agora vai acontecer uma perseguição aos governadores, isso é balela. Isso é balela porque nós queremos saber o que aconteceu com a verba do governo federal e ela foi para governadores e prefeitos, então é ali que nós queremos saber o que aconteceu.”

Confira o programa “Os Pingos Nos Is” desta quarta-feira, 16, na íntegra:

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