Augusto: ‘Hoje foi decretada a morte política de Witzel’

Governador foi afastado do cargo por suspeita de envolvimento em irregularidades nas compras para a pandemia da Covid-19; ele é o sexto mandatário do estado a ser preso

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2020 21h09
Jovem Pan Para o comentarista, no entanto, há um lado bom: os homens da lei estão agindo rapidamente nas operações

O governador do Rio de JaneiroWilson Witzel (PSC), foi afastado do cargo nesta sexta-feira (28) após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é suspeito de envolvimento em irregularidades nas compras para a pandemia de Covid-19 e deve ficar fora do cargo, a princípio, por 180 dias. A investigação aponta que uma organização criminosa foi instalada no governo estadual a partir da eleição de Witzel, que assumiu o cargo em 2019. Para o comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, hoje foi “decretada a morte política de Witzel”.

Segundo ele, “todos os governadores que foram eleitos para administrar o estado viraram caso de polícia”. Nos últimos quatro anos, todos os cinco ex-governadores vivos já foram presos. Sérgio Cabral, réu confesso e condenado em 14 processos diferentes, é o único que segue preso e cumpre pena de quase 300 anos. Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Moreira Franco e Luiz Fernando Pezão recorrem em liberdade. “O lado ruim, sobretudo para os fluminenses, é essa fila de corruptos defasando as finanças do estado”, disse Augusto.

Para o comentarista, no entanto, há um lado bom: os homens da lei estão agindo rapidamente nas operações que investigam irregularidades em recursos da pandemia da Covid-19, conhecidas como Covidão. “Este é o caso confirmado mais vistoso até agora dessa epidemia de corrupção. As provas são robustas, como a inexistência dos hospitais de campanha que deveriam ter sido construídos e a empresa, que foi contratada sem licitação, já ter recebido parte dos recursos”, afirmou Augusto.

Na opinião dele, o afastamento foi decretado para impedir que a quadrilha partisse para a obstrução de Justiça e para destruição de provas, já que Witzel foi proibido de acessar as dependências do governo fluminense e se comunicar com funcionários. “Há muitas provas a serem colhidas e ele continua escondendo e culpando o presidente Bolsonaro. O lado bom é que o Brasil aprendeu com a Lava Jato que qualquer um pode ser preso. É mais um governador que aprendeu que a lei tem que valer para todos”, finalizou.

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