Augusto Nunes critica politização: ‘SP quer lançar vacina, e governo federal torce para não dar certo’

Para o comentarista, ‘a conversa está toda contaminada por interesses políticos e econômicos’: ‘Tem um mercado em jogo que abrange o planeta’

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2020 21h04 - Atualizado em 08/12/2020 21h15
Jovem Pan Comentarista do programa Os Pingos nos Is

Em mais uma polêmica envolvendo a vacina para a Covid-19 no Brasil, o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), protagonizou momentos de tensão com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em encontro virtual nesta terça-feira, 8. Doria questionou Pazuello se a pasta pretendia adquirir a CoronaVac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ao que o ministro rebateu dizendo que a compra será feita “se houver demanda e preço”. Para o comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, “a conversa está toda contaminada por interesses políticos e econômicos”. “Tem um mercado em jogo que abrange o planeta. Em tese, você tem uma clientela planetária, e isso está em jogo entre os laboratórios e nações que participaram na produção da vacina.”

Segundo Augusto, há uma briga entre o Estado de São Paulo e o governo federal. “Temos uma politização. São Paulo quer lançar uma vacina, o governo federal parece que torce que não dá certo. Faltam documentos sim, mas o próprio governo [de SP] reconhece”, afirmou o comentarista. Na visão dele, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) está “fazendo tudo direitinho”. “Eu torço, como qualquer ser humano sensato, para que quanto mais vacinas eficazes a gente tenha, melhor. Esperamos com calma que essas coisas sejam examinadas pelos técnicos e especialistas”, disse. Nesta terça-feira, 8, o Reino Unido se tornou o primeiro país a iniciar a vacinação em massa contra a Covid-19. Sobre isso, Augusto afirmou que tem “inveja da Inglaterra”. “Ingleses vão começar a vacinar sem problema nenhum, e não estão dizendo ‘nós já estamos vacinando’. A Rainha Elizabeth diz com toda naturalidade que vai, e ela não está furando a fila, é por causa da idade mesmo. A vacina é para todos, mas não é obrigatória. Aqui se discute a obrigatoriedade da vacina, a data, se a vacina de Oxford é melhor”, finalizou.

Assista ao programa na íntegra:

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