Augusto elogia ‘coerência’ de Glória Maria e diz que politicamente corretos ‘estão de mal com a vida’
Apresentadora afirmou que ‘tudo é racismo, preconceito e assédio’: ‘Existe uma cultura hoje que nada pode’
O comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, elogiou nesta terça-feira, 29, “a coerência” da apresentadora Glória Maria, que criticou o politicamente correto e disse que “hoje tudo é racismo, preconceito e assédio”. Para Augusto, estes assuntos precisam ser resolvidos de forma “séria”, e não agindo como “moleques”. O comentarista lembrou, por exemplo, que na seleção brasileira de 1970, montada por João Saldanha, o técnico chamava Pelé de “crioulo”, e argumentou que o jogador “não se sentiria ofendido com isso”. “Estão até querendo mudar a música ‘nega de cabelo duro’. Esses caras estão de mal com a vida”, afirmou.
Augusto disse, ainda, que “quer uma manifestação pela minoria a qual pertence”, pois se sente “discriminado”. “Porque eu sou branco, de olho claro, homem e hétero, não pode, pertenço a elite golpista, quando não é assim, penso a mesma coisa em relação aos discriminados e aos injustiçados”, comentou. O comentarista ainda defendeu o ex-apresentador William Waack, demitido após vazar um comentário racista em que xingava um carro que estava buzinando na rua, dizendo que o barulho era “coisa de preto”. “Glória Maria foi uma das poucas que saiu em defesa do Waack quando ele foi demitido por excesso de competência, porque os chefes temiam a qualidade do emprego deles. Ela disse que ele não era racista porque o conhecia, sabia quem ele era. Eu também o conheço há muito tempo e posso dizer que é uma figura doce, que não tem nada a ver com racista”, afirmou Augusto.
Em entrevista ao site Glamurama, Glória Maria contou que a equipe com quem trabalha a chama de “neguinha” de forma “amorosa e carinhosa”. Além disso, alegou que “já foi paquerada”, mas “nunca se sentiu assediada moralmente”. “O assédio é algo que te fere, é grosseiro, desmoraliza. Existe uma cultura hoje que nada pode. Tem que ter uma diferenciação, não dá para generalizar tudo. O politicamente correto é um porre. Acredito que o politicamente correto é o caráter, a honestidade. Esse mundo que a gente está vem muito da amargura das pessoas, não aceito”, disse a apresentadora.
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