‘Brasil não consegue se bancar, vai bancar os outros?’, analisa Pavinatto sobre moeda única com a Argentina

Comentaristas do programa Os Pingos Nos Is debateram sobre o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mandatário argentino em meio às tratativas de uma unificação comercial bilateral entre os governos

  • Por Jovem Pan
  • 23/01/2023 19h06 - Atualizado em 23/01/2023 19h07
Luis ROBAYO / AFP - 23/01/2023 Lula Alberto Fernandez O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (L) e o presidente argentino Alberto Fernandez (R) apertam as mãos durante uma coletiva de imprensa no palácio presidencial Casa Rosada em Buenos Aires em 23 de janeiro de 2023. - O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua primeira turnê internacional no último domingo com passagem pela Argentina e Uruguai com o objetivo de devolver a liderança regional ao Brasil após a gestão de Jair Bolsonaro

Em sua primeira viagem oficial internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com antigos aliados da esquerda na América do Sul. Nesta segunda-feira, 23, o chefe do Executivo desembarcou na Argentina para a realização de reuniões bilaterais com o mandatário argentino, Alberto Fernandez. Lula viajou para o país vizinho acompanhado de seis dos seus 37 ministros. Entre as primeiras medidas anunciadas, o presidente brasileiro confirmou estudos realizados para a parte econômica. “O que nós estamos tentando trabalhar agora é que os nossos ministros da Fazenda, cada um com sua equipe econômica, possam nos fazer uma proposta de comércio exterior e de transações entre os dois países, que seja feito uma moeda comum a ser construída com muito debate e muitas reuniões”, declarou o petista. Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, o comentarista Tiago Pavinatto relembrou que o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, aventou um estudo sobre a possibilidade de uma moeda única entre Brasil e Argentina, quando Maurício Macri ainda era presidente do país vizinho. Ao comparar a ideia com o Euro, o analista ressaltou que é preciso ter identidade de políticas fiscais e um Banco Central autônomo. “Não tem vantagem nenhuma, não há compromisso argentino a se buscar uma economia saudável. É um contrato de risco. A Argentina se beneficia do contrato e o Brasil leva o risco. O Euro foi estudado por muito tempo, os estudos de uma moeda na região são anteriores à própria consolidação da comunidade europeia. Tem gente fazendo brincadeira, vai ser a ‘Moeda única Latino-Americana’, a MULA. Posso pensar que essa moeda vai fazer do Real um Peso morto. Essa é a realidade de uma moeda como essa”, finalizou.

Confira o programa desta segunda-feira, 23:


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