“Dizer que urnas são auditáveis e seguras é fake news”, afirma Ana Paula Henkel
Comentarista concorda com presidente Jair Bolsonaro sobre falta de transparência dos equipamentos usados para eleições no Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas nesta segunda, 13, ao dizer que ‘querem lhe dar um golpe’ nas Eleições de outubro de 2022. Para isso, sugeriu uma ‘apuração simultânea’, que seria realizada pelas forças armadas. Bolsonaro ainda lembrou que seu provável principal adversário no pleito, Lula, pôde sair da cadeia em 2020 por determinação de Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A preocupação com as urnas foi tema de debate no programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News, e a comentarista Ana Paula Henkel citou problemas que vê no processo.
“O presidente colocou os pingos nos is e mexeu em feridas importantes no Brasil hoje, e acredito que a principal seja mais uma vez a liberdade, inclusive a liberdade de questionar. E agora, o questionamento do momento é justamente nossas urnas eletrônicas, por que não questionar? Uma coisa é você endereçar algumas situações que não são possíveis de serem reais, como o TSE tem tentado fazer. [Não é possível] Saber se tivemos fraude, porque as urnas não são auditáveis, não existe o voto físico. Aquele relatório que eu sempre leio da Polícia Federal [produzido em 2016], que não é possível auditar de forma satisfatória essa viagem do voto entre a urna eletrônica e o boletim de urna, o software não sabe, ninguém sabe, nem o próprio TSE sabe, o que acontece nessa viagem do voto. Não tem como saber se um hacker entrou. Não tem como saber se o voto do jeito que o eleitor teclou na urna vai entrar com o mesmo número no software. Quando eles dizem que tem como auditar e que as urnas são seguras, isso é fake news, para usar o termo do momento. Não tem como auditar, não tem como saber se houve ou não. O que incomoda muito a sociedade é a histeria por parte do TSE. Essa mesma pessoa que descondenou um corrupto condenado em três instância e preside o TSE não quer que a gente questione as urnas, é no mínimo. Então, temos que seguir questionando, protegendo a nossa liberdade constitucional”, avaliou Ana Paula sobre o assunto.
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