‘Sergio Moro está atrapalhando o País’, diz Fiuza sobre denúncias contra Bolsonaro

‘Tragicamente, aquele foi um momento em que Moro foi radicalmente desviado do seu caminho’, afirma o comentarista; por determinação de Celso de Mello, Bolsonaro vai prestar depoimento presencial

  • Por Jovem Pan
  • 11/09/2020 21h08
Reprodução No início do ano, o ex-ministro pediu demissão alegando suposta tentativa de Bolsonaro de interferir na PF para proteger familiares e aliados

O comentarista Guilherme Fiuza, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, disse que o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, “está atrapalhando o País”, devido a denúncia de que o presidente Jair Bolsonaro teria supostamente interferido na Polícia Federal. Com base nisso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello determinou hoje que o presidente preste depoimento presencial. “Tragicamente, aquele foi um momento em que Moro foi radicalmente desviado do seu caminho. Não sei se foi muito mal aconselhado, se o olho dele cresceu para algum projeto político… Mas por causa dessa coreografia, Moro está atrapalhando o País”, disse Fiuza.

Para o comentarista, Moro montou uma “encenação na saída dele do governo”. No início do ano, o ex-ministro pediu demissão alegando suposta tentativa de Bolsonaro de interferir na PF para proteger familiares e aliados. O presidente nega a interferência. “Este inquérito que está servindo pro Celso [de Mello] fazer demagogia contra o presidente também tem uma origem demagógica. A forma como Moro saiu do governo, sem avisar ninguém, convocando uma coletivo ainda no cargo, no meio de uma pandemia, tendo dito muito pouco tempo antes taxativamente que não havia interferência do presidente na PF. De repente, houve. Que episódio foi esse no meio da pandemia, que ele nunca explicou, não consegue demonstrar, e por uma mágica de repente estava dando uma coletiva”, relembrou Fiuza. Segundo ele, a denúncia de Moro foi uma “bomba atômica” contra o governo que não deu certo, pois a própria população não viu os fundamentos da acusação, “que até hoje não apareceram.

O comentarista também chamou a determinação de Celso de Mello de “um gesto radical e xiita”, que precisaria ter um motivo “muito importante e eloquente”. “Celso de Mello está saindo e quer fazer um grand finale, quer aparecer como o Dom Quixote contra o fascismo imaginário. Ele faz isso e não vai obter o que pretende. O presidente, por fatos evidentes e inegáveis, tem conseguido manter uma popularidade e nível de credibilidade muito superior aos ministros da Corte. Eles [ministros] ficam fazendo picuinha contra o governo federal, querendo ser defensores do humanismo, contra a ditadura que dizem que vai chegar, e quem tem sido ditatorial são eles. Bolsonaro vai fazer do limão uma limonada, e Celso de Mello só vai aumentar a péssima reputação que tem”, finalizou.

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