‘Governo deveria tomar medidas preventivas para incêndios no Pantanal’, diz Rasmussen
Para o embaixador do turismo brasileiro, queimadas no bioma eram ‘tragédia anunciada’: ‘Só as narrativas ganharam com os incêndios’
O apresentador de televisão e embaixador do turismo brasileiro, Richard Rasmussen, afirmou, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 16, que “somente as narrativas ganharam” com os incêndios no Pantanal. Segundo ele, o governo deveria se reunir com especialistas para tomar medidas preventivas e traçar “novas estratégias” para o futuro. “O governo tem que entender que essa também era uma tragédia anunciada, já sabíamos que isso ia acontecer. Agora, tem que ajudar a tomar medidas preventivas e sentar com a sociedade, pesquisadores, com o pantaneiro”, disse o embaixador. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, nos primeiros 14 dias deste mês, foram contabilizados 2.536 focos de incêndio, o segundo pior outubro em queimadas para o bioma desde 1998.
Rasmussen também relembrou a tese do “boi bombeiro” exposta pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que o aumento da criação de gado para pastar o material seco ajudaria no controle dos incêndios no Centro-Oeste brasileiro. “Há uns três anos eu ouvi pela primeira vez a expressão ‘boi bombeiro’. O Pantanal está mais seco, (…) e o boi que está há 300 anos sendo administrado pelos pantaneiros consome parte dessas gramíneas”, observou o embaixador. Ele disse, no entanto, que não significa que “colocar bois no Pantanal” seria suficiente para controlar o fogo, mas que pesquisas indicam que “a introdução de grandes herbívoros em geral poderia ser positiva”.
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