‘Ninguém sabe quem é Luana Araújo, ela não tem nenhuma produção científica’, diz infectologista

Francisco Cardoso participaria de audiência na CPI, mas debate foi cancelado pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM)

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2021 20h03
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Jefferson Rudy/Agência Senado A infectologista Luana Araújo durante depoimento na CPI da Covid-19 Luana foi ouvida na CPI da Covid-19 na semana passada

O médico especialista em infectologia pelo Instituto Emílio Ribas Francisco Cardoso foi o entrevistado do programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, desta terça-feira, 8. Francisco tinha prevista a ida à CPI da Covid-19 na semana passada para participar de uma audiência entre médicos favoráveis e contrários ao chamado tratamento precoce contra a Covid-19. Entretanto, essa audiência foi cancelada pelo presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM). Ele falou sobre o cancelamento da sessão e disse que, apesar do alívio, ficou frustrado por não poder falar ao Brasil. “A gente sente um certo alívio, no início, por não ter que passar por aquela rotina toda. Mas há uma frustração de perder a oportunidade de falar coisas para o Brasil que o país tem que ouvir e não está ouvindo. De qualquer maneira, eu insisto que nós estamos à disposição”, afirmou o especialista.

Questionado sobre a infectologista Luana Araújo, que foi à comissão e ocupou por poucos dias o cargo de secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Francisco falou não saber como o nome dela chegou ao Ministério da Saúde e disse que a profissional não tem trabalhos acadêmicos e científicos na área. “Na verdade, ninguém sabe quem é a dra. Luana. Ela é uma colega que, teoricamente, depois da residência médica, desapareceu do meio médico. Ninguém sabe o que ela fez, ela não tem, em termos acadêmicos e científicos, nenhuma produção. Não foi professora ou pesquisadora em universidade. Ela não tem trabalho em hospital reconhecido, ela não tem consultório, não tem nenhum hospital de referência. Ela ressurge ano passado (2020) fazendo um mestrado em saúde pública na John Hopkins, um desses mestrados que atrai gente do mundo todo, com bolsas. Ai é colocada, de repente, em um pedestal de conhecimento que, na minha opinião, com todo o respeito que eu tenho a ela, é indevido. Têm pessoas que trabalharam […] e tem muito mais a oferecer para o Brasil do que ela. Ninguém sabe como esse nome chegou ao ministro”, afirmou o especialista.

Confira a íntegra do programa Os Pingos Nos Is desta terça-feira, 8:

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