‘Política de São Paulo contra a Covid-19 foi um fiasco’, diz Augusto Nunes

Comentarista da Jovem Pan citou levantamento feito pela Revista Oeste que afirma que, se o Estado fosse um país, teria mais mortes por milhão de habitantes do que o Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2021 19h11 - Atualizado em 22/01/2021 19h27
ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO João Doria Lista dos países com maior número de mortes por milhão de habitantes é liderada pela Bélgica

O governo do estado de São Paulo anunciou novas medidas restritivas contra a Covid-19 em razão do aumento do número de casos e de internações nesta sexta-feira, 22. Agora, todo o território paulista entra na Fase Vermelha do Plano SP, com medidas mais rígidas de isolamento, todos os dias após às 20h até as 6h. A medida também vale para os finais de semana e feriados. Para Augusto Nunes, comentarista do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, a política de contenção de riscos da gestão João Doria (PSDB) foi “um fiasco”. “Faço um desafio público: expliquem por que São Paulo está pior que o Brasil, com Amazonas e tudo. São Paulo está no G-15 [considerando a lista de países com mais mortes por milhão de habitantes]. É uma posição vergonhosa. Não deu certo? Não salvaram vidas? Seria ainda pior? As vidas que afirmaram terem sido salvas, não aconteceu nada. Isso é falso. É falso. Eu desafio que provem que esse número faz sentido. São Paulo foi um fracasso e a gente ouve a conversa mole de que quem decide é a ciência”, disse.

Augusto Nunes citou um levantamento feito pela Revista Oeste que considera o estado de São Paulo um país fictício para elaborar uma lista das nações com o maior número de mortes por milhão de habitantes, com base nos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ranking é liderado pela Bélgica, seguida por Eslovênia, República Tcheca, Itália, Bósnia e Herzegovina, Reino Unido, Macedônia, Bulgária, Hungria, Estados Unidos, Peru, Espanha, Croácia, São Paulo, Panamá, México, França, Suécia, Armênia, Argentina e Brasil (desconsiderando o estado paulista). Segundo a publicação, São Paulo teria 1.137 mortes por milhão de habitantes, ante 973 do Brasil.

O comentarista da Jovem Pan também se posicionou contra o endurecimento das medidas de isolamento. “Só maluco, coisa que não somos, é contra a vida. Queremos salvar o maior numero de pessoas, mas o desemprego também mata. Vão quebrar a economia? Já não basta o número de mortos? Como se apresenta como exemplo ao país o que fez São Paulo? E não me venham colocar a culpa no Bolsonaro. São Paulo fez exatamente o contrário do que preconizava o presidente Bolsonaro. Ele está fora dessa. Foi o governador João Doria, que agiu como vice-rei, fez prevalecer a sua opinião sobre a dos prefeitos, comandando sozinho essa política fracassada”, disse Augusto Nunes. Segundo dados da Secretaria de Saúde, o estado de São Paulo registrou 1.679.759 casos e 51.192 vítimas fatais desde o início da pandemia. De acordo com a média diária de 218 novos óbitos verificada na terceira semana epidemiológica deste ano, São Paulo registra em média um óbito a cada seis minutos por coronavírus.

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