‘Porque não está sendo dado seguimento a essa investigação?’, questiona Salles sobre CPI do radiolão

Comentaristas do programa Os Pingos Nos Is repercutiram um pedido de abertura de CPI para investigar possíveis inserções políticas da campanha de Jair Bolsonaro que não foram veiculadas

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2022 18h56
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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Jair Bolsonaro Presidente Jair Bolsonaro (PL) concorre à reeleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O senador Luiz Carlos Heinze iniciou, na tarde desta quinta-feira, 27, a coleta de assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar indícios de irregularidades na divulgação de inserções eleitorais durante o pleito de 2022. O parlamentar disse que busca a adoção de providências cabíveis ao caso, alegando que o Partido dos Trabalhadores foi favorecido. Para protocolar um pedido de CPI no Senado Federal, é necessário a coleta de 27 assinaturas, bem como um fato determinado que será investigado e um prazo para que os trabalhos aconteçam. Na Câmara dos Deputados, a base governista já se movimenta para pedir a abertura de uma comissão de inquérito. Até o momento, 50 assinaturas das 171 já foram colhidas. O pedido é encabeçado pelo deputado federal Diego Garcia e apoiado por Carla Zambelli, Carlos Jordi e Paulo Martins. A denúncia é feita pela campanha de Jair Bolsonaro de que 154 mil inserções políticas não teriam sido feitas em rádios e a posterior exoneração de um servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi vista pelos parlamentares como atestado de culpa da corte.

Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, o comentarista Ricardo Salles afirmou que o Senado Federal precisa cumprir uma missão e que, até o momento, não cumpriu pois o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, “desempenha uma função que outrora foi desempenhado pelo Rodrigo Maia, ou seja, de oposição ao governo”. Em relação ao andamento da CPI do Radiolão, o analista ressaltou que será necessário esperar até a próxima legislatura, tanto na Câmara quando no Senado, para que um novo presidente possa dar andamento em outras Comissões Parlamentares de Inquérito. “Tantas e quantas investigações foram abertas contra o governo Bolsonaro, sem fundamento nenhum, como artigo de jornal. É o mesmo caso do Radiolão. Até como forma de demonstrar imparcialidade, teria que ter sido acolhida a petição, dado seguimento e, lá na frente, caso identificado que não há fundamento, arquiva. Verificou que tem fundamento? Pune. Porque não está sendo dado seguimento a essa investigação?”, pontuou.

Confira o programa desta quinta-feira, 27:

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