Pressão para Tereza Cristina ser vice vem de base de apoio do governo, afirma Trindade
Presidente ainda tem vontade de ter vice militar e general Braga Netto ainda não é carta fora do baralho, avalia o comentarista
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta quarta, 15, sobre as possibilidades que tem para candidatos a vice em sua chapa para a eleição de 2022. Os principais nomes aventados são o do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que, segundo Bolsonaro, são “cotadíssimos” para o posto – o mandatário do país frisou, no entanto, que “não há martelo batido” sobre a questão. O presidente fez diversos elogios aos dois, que saíram dos cargos para se candidatarem a cargos eletivos no pleito de outubro. Na avaliação de José Maria Trindade, comentarista do programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News, grupos políticos que apoiam Bolsonaro pedem Tereza Cristina, mas o mandatário ainda teria vontade de ter um vice militar. Para Trindade, Cristina ainda poderia ajudar o presidente a ter maior aceitação entre o eleitorado feminino.
“O presidente Jair Bolsonaro nunca confirmou o general Braga Netto como seu vice, mas insinuou, disse que seria alguém que passou pela Academia Militar da Agulhas Negras e que seria alguém de Belo Horizonte, ou seja, Braga Netto. Só que há uma avaliação política, e a política muda muito, e precisa ser adaptada. É preciso seguir certas linhas da política, e é por isso que se volta a falar da ex-ministra Tereza Cristina, que está com a candidatura muito bem colocada ao Senado Federal. Essas pressões vêm principalmente dos grupos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, dos partidos políticos que estão na base de apoio do governo. E o próprio presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, considera que seria inteligente colocar a Tereza Cristina na chapa, porque facilitaria para o investimento do PL, já que é preciso uma cota para mulher e isso poderia facilitar o investimento na chapa do presidente Bolsonaro, já que poderia ser contabilizado como investimento político para a mulher”, disse Trindade.
“Além disso, há uma leitura clara das pesquisas eleitorais de que o presidente Jair Bolsonaro tem uma certa dificuldade por conta de discursos e de leviandades que levantaram contra ele, [de que seria] contra a mulher, e ele tem dificuldades nesse setor. E é o setor, já está comprovado pelos números, o maior entre os eleitores brasileiros, 60% do eleitorado é mulher. Serviria como investimento, serviria para melhorar a imagem do grupo que apoia o presidente e também para o investimento em campanha eleitoral. O presidente ainda quer se blindar e quer um vice militar, que seria o Braga Netto, que saiu do Ministério da Defesa e foi para o Palácio como assessor especial e deve se desencompatibilizar para ficar à disposição. O presidente ainda não bateu o martelo e o Braga Netto não é carta fora do baralho, e é assim um candidato forte a ser vice”, acrescentou o comentarista da Jovem Pan.
Confira a edição desta quarta, 15, do programa Os Pingos Nos Is:
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