Regina Duarte terá lugar de destaque na Cinemateca, diz Mario Frias
O atual secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro relatou que visitou a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, mas que um corpo técnico do governo foi impedido de entrar no local
O atual secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, Mario Frias, informou nesta segunda-feira (27) que a atriz Regina Duarte, que foi sua antecessora na pasta, “terá lugar de destaque na cinemateca”. Ele concedeu entrevista exclusiva ao Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, no início desta noite e afirmou que a Secretaria tem trabalhado para aprovação de medidas emergenciais ao setor cultural durante a pandemia do novo coronavírus. Regina saiu da pasta com a promessa de que assumiria um cargo na Cinemateca Brasileira, órgão responsável pela preservação e difusão da produção audiovisual do país.
“O trabalho da atriz Regina Duarte é um patrimônio. A Regina é um ícone e merece todo respeito. É um pedido pessoal do presidente da República, então existe a possibilidade de criarmos uma secretaria para que ela cuide da Cinemateca. É um pedido do presidente, ele respeita muito ela e eu também. Vamos resolver isso, e assim que esse imbróglio se revolver, a Regina terá o lugar de destaque dela na Cinemateca”, afirmou o secretário. Ele ainda disse que a instituição é “patrimônio do Brasil” e que chegou a visitar o órgão ao lado do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, mas que um corpo técnico enviado pelo governo foi impedido de entrar no local. “Há um imbróglio jurídico e lamento o fato das pessoas não estarem pensando no acervo. Não podemos intervir nesse momento e após a minha visita técnica, mandamos um corpo técnico que foi impedido de entrar. Atualmente, aguardo o parecer jurídico e tenho vontade de fazer o bem, devemos aproveitar os filmes que estão lá”, disse.
O secretario relatou que tem recebido apelos de setores da Cultura que “estão sofrendo com a paralisação” ocasionada pela pandemia do novo coronavírus e que a pasta tem trabalhado pela aprovação de novas formas de crédito. “Nosso setor é o que mais está sofrendo, o setor de eventos, músicos e atores em geral. É um momento muito triste e delicado porque o financiamento é zero, mas estamos fazendo tudo o que podemos. O meu foco é falar menos e fazer mais e é isso que estamos fazendo. Vamos criar uma linha de crédito interessante para o exibidor. Existem alguns posicionamentos dos quais não comungo, mas isso tem que ser deixado de lado em prol do bem comum”, disse.
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