Trindade concorda com fala de Toffoli que golpe institucional seria suicídio econômico: ‘Quem diria’

Comentaristas do programa Os Pingos Nos Is analisaram as manifestações de parte do grande empresariado que debateu o futuro do país em caso de vitória do ex-presidente Lula nas eleições

  • Por Jovem Pan
  • 19/08/2022 19h00
Fellipe Sampaio/SCO/STF ministro dias toffoli Dias Toffoli afirmou que uma tentativa de golpe ocasionaria em um suicídio econômico

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira, 19, que os empresários que defenderam um possível golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais poderia ser configurado como um atentado contra a democracia. Sem se referir nominalmente ao grupo, o magistrado argumentou que tal postura seria um “suicídio econômico”. “Em relação à ação desses empresários, atentar contra a democracia é tipo penal, é crime no nosso país, assim como é nos Estados Unidos e na Europa. Nos países democráticos, atentar contra o Estado Democrático de Direito é crime. Estou falando em tese, e não no caso concreto. Investidores irão embora, vai gerar desemprego no nosso país, vai gerar saída de capitais, vai fazer com que os nossos capitalistas mandem dinheiro para fora, porque vai ter uma desvalorização brutal da nossa moeda. Isso é loucura”, argumentou.

Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, o comentarista José Maria Trindade considerou que o magistrado tem razão em afirmar que uma tentativa de ruptura democrática ocasionaria em um suicídio econômico. “Não há nada mais covarde que o capital. Quando pressente que há sinal de perigo, ele corre e foge da situação”, alertou. O analista também argumentou que apenas com uma democracia é possível propiciar aos empresários uma economia aberta, e segurança jurídica para que investimentos sejam realizados, mas considerou que há uma “luta pesada” que irá definir o futuro do país nos próximos anos. “Quando há ditadura, não há liberdade de mercado pois o Estado fica forte e interfere. E não há segurança jurídica pois o ditador muda quando quer a legislação e as tendências das legislações”, afirmou.

Confira o programa desta sexta-feira, 19:


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