‘Trump entendeu o que é esse novo Brasil; Biden, não’, diz Ernesto Araújo

Para o ministro das Relações Exteriores, houve uma grande ‘desinformação’ na fala do democrata sobre a Amazônia durante o debate presidencial

  • Por Jovem Pan
  • 30/09/2020 20h31 - Atualizado em 30/09/2020 21h43
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FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Entrada do Brasil na OCDE foi alinhado com o governo Donald Trump 'Não sei como seria a química entre Bolsonaro e Biden', afirmou o chanceler

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, criticou nesta quarta-feira, 30, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, as falas do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, que ameaçou o Brasil com sanções econômicas por causa do desmatamento e das queimadas em suas florestas. “Parem de destruir a floresta. E, se vocês não pararem, irão enfrentar consequências econômicas significativas”, disse Biden. Para Araújo, houve uma grande “desinformação” na fala do candidato democrata. “Me preocupa a perspectiva de ser líder nos EUA sem saber o que é meio ambiente no Brasil. A diferença que vi é que nesse caso, como em muitos outros pontos, Trump entendeu o que é esse novo Brasil que o povo quer construir. Biden não entendeu o Brasil, não entendeu esse tema”, afirmou o chanceler.

Segundo ele, a boa relação entre os atuais presidentes tem “se concretizado em iniciativas e projetos”. Araújo citou, por exemplo, um projeto que está sendo desenvolvido entre as duas nações para o desenvolvimento ambiental, com investimentos sustentáveis na Amazônia, que vai criar empregos e fomentar o desenvolvimento na região. Além disso, sugeriu que pode acontecer uma mudança na relação entre os Estados Unidos e o Brasil caso Joe Biden seja eleito presidente do país em novembro. No entanto, deixou claro que “os avanços que estão sendo feitos serão em benefício aos povos brasileiros e norte-americanos”. “Hoje em dia uma relação entre dois países desse porte se vale muito por causa dos líderes.  Não deixaremos de fazer as coisas porque a liderança pode mudar, mas existe uma  afinidade entre os presidentes, suas visões de mundo. Não sei como seria a química entre Bolsonaro e Biden, mas já teríamos construído bases muito importantes. A nossa relação é com os EUA, e também entre Bolsonaro e Trump”, disse o chanceler.

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