TSE promove censura para proteger político de estimação de alguns ministros, diz Ana Paula
Comentaristas do programa Os Pingos Nos Is repercutiram o pedido da coligação do ex-presidente Lula para que a produtora Brasil Paralelo remova conteúdos que atrelem o petista a crimes de corrupção
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira, 13, por 4 votos contra 3, que a produtora Brasil Paralelo remova do Twitter uma publicação em que atrela o ex-presidente e candidato ao comando do Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a casos de corrupção. A decisão atende a um pedido da coligação Brasil da Esperança. Os advogados do petista argumentaram que havia grave distorção nas notícias, “de modo a levar a população a crer que ele estava envolvido em todos eles”. Por fim, o entendimento da maioria da Corte foi o mesmo do vice-presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, que afirmou que os escândalos citados na produção “jamais foram judicialmente imputados a ele [Lula] e aos quais nunca ele [Lula] teve oportunidade de exercer sua defesa”. A produtora terá 24 horas para remover os conteúdos da rede social.
Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, a comentarista Ana Paula Henkel considerou que apenas haverá uma equiparação entre o atual mandatário Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, quando o atual chefe do Executivo “for condenado por qualquer coisa em três instâncias, com provas sobradas e pena aumentada” e considerou que “Supremo Tribunal Federal, e o seu puxadinho eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral” protegem seu “político de estimação”. “Não podemos falar da ligação do PT e do PCC, ligação que está na delação à Polícia Federal, do Marcos Valério; a Mara Gabrilli não pode falar do que ela viu e testemunhou que liga Lula ao assassinato do ex-prefeito Celso Daniel”, disse. A analista ressaltou, ainda que está em curso no Brasil a caracterização do crime de conclusão. “O Estado quer interferir não apenas no que queremos discutir, queremos debater, mas eles querem decidir o que você vai concluir do que vê. Se isso não é um Estado de Exceção, eu não sei mais o que é. É um Estado totalitário dizendo o que você deve concluir de premissas verdadeiras, de fatos”, finalizou.
Confira o programa desta quinta-feira, 13:
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