‘Virou uma guerra de narrativas, estão sambando nos cadáveres’, diz Constantino sobre Manaus

‘Apesar de reconhecer as dificuldades logísticas, estão culpando o presidente por toda a questão no Amazonas’, afirma o comentarista; Bolsonaro e governador Doria trocaram ofensas nesta sexta-feira, 15

  • Por Jovem Pan
  • 15/01/2021 21h22
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EFE / Raphael Alves Vítimas da Covid-19 são enterradas em valas comuns de Manaus Em meio à colapso, Manaus enterrou corpos nas mesmas valas comuns

Em meio a um cenário caótico no Amazonas por causa do aumento de casos da Covid-19 e falta de leitos e insumos básicos, o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) trocaram ofensas nesta sexta-feira, 15. Após ter sido chamado de facínora, Bolsonaro rebateu Doria, afirmando que o governador “não tem discurso”. “Me acusar de facínora e genocida, é discurso de quem não tem discurso”, disse em entrevista exclusiva ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan. O apresentador Luciano Huck e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também teceram críticas à Bolsonaro, sendo que o primeiro convocou um “panelaço” contra o governo na noite de hoje.

Para o comentarista Rodrigo Constantino, Doria é a principal figura que “politiza a pandemia da Covid-19” e acusa o presidente “de só pensar em 2022”. “Está cada vez mais demagogo, fez um discurso inflamado. Claro que ninguém acha aceitável uma criança ficar sem respirador ou a situação que estamos vivendo em Manaus, apesar do estado já ter uma infraestrutura hospitalar totalmente decadente e insatisfatória. Acham que o povo está alheio a toda a orquestra que estão tentando empreender”, afirmou. Ele criticou, ainda, as acusações feitas a Bolsonaro, como se ele “fosse responsável por toda a situação no Amazonas”. “Apesar de reconhecer todas as dificuldades logísticas, estão culpando o presidente por toda a questão de Manaus, sendo que lá o Covidão chegou com força. Tudo isso é uma guerra de narrativas, uma coisa um tanto abjeta de se acompanhar como brasileiro, como ser humano, porque estão sambando nos cadáveres. Usar o caso de Manaus para fazer uma campanha política, falar em genocida, facínora, mirando em 2022, quando teríamos que tratar a sério essas questões”, disse o comentarista.

Assista ao programa na íntegra:

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