À JP, jogadores brasileiros relatam desespero para sair da Ucrânia: ‘Estamos em pânico’ 

Apesar da tensão vivida nas últimas horas, a dupla comentou que poucas informações estão sendo veiculadas pela imprensa do país do Leste Europeu

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2022 13h53
Reprodução/Jovem Pan Derek e Fabinho, jogadores brasileiros do Metalist 1925, falaram sobre como está sendo viver na Ucrânia Derek e Fabinho, jogadores brasileiros do Metalist 1925, falaram sobre como está sendo viver na Ucrânia

Os jogadores Derek e Fabinho, ambos do Metalist 1925, concederam entrevista ao programa “Pânico”, do Grupo Jovem Pan, e relataram como está o clima na Ucrânia em meio aos ataques promovidos pela Rússia. Apesar da tensão vivida nas últimas horas, a dupla comentou que poucas informações estão sendo veiculadas pela imprensa do país do Leste Europeu. “Esperamos notícias de alguém do clube, até porque a guerra está tendo muita repercussão no Brasil. Ainda assim, nós não temos muitas informações daqui. É como se tudo estivesse normal. Ficamos apreensivos porque muitos familiares perguntam sobre informações, mas nós não sabemos muitas coisas”, contou Fabinho. “Recebemos muitos vídeos e notícias, mas olhando da janela do apartamento, nós vemos o pessoal passeando com o cachorro, como se nada estivesse acontecendo”, acrescentou.

Apreensivos, os brasileiros contam que souberam da tensão após a diretoria do Metalist 1925 dar folga para o elenco às vésperas de uma partida importante. “Passaram para a gente ficar em casa e deram dois dias de folga, o que não é normal porque teríamos um jogo importante no sábado, contra o Shakhtar. Quando chegamos em casa, recebemos mensagem da Federação, que avisou sobre a paralisação do campeonato por um mês”, continuou Fabinho, que relatou o desespero de estar em um país sob guerra. “Estamos em pânico, queremos voltar para casa de qualquer maneira.”

De acordo com Derek, existe a expectativa dos jogadores brasileiros deixarem o país do Leste Europeu ainda nesta semana. O cenário, porém, segue incerto. “Vamos para Kiev em dois dias. De lá, a embaixada vai disponibilizar um ônibus para ir até a Polônia. De lá, devemos ir para o Brasil. Isso tudo ainda não é certeza, recebemos esta informação agora”, disse o atleta, que vive em Kharkiv, cidade localizada a quase 500 km da capital ucraniana. Além da dupla, outros 29 futebolistas do Brasil trabalham na Ucrânia e estão tentando deixar o país em meio ao conflito. Mais cedo, através das redes sociais, alguns deles gravaram vídeos e pediram apoio das autoridades brasileiras.

 

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