"Alexia não foi homenagem para Messi", afirma Samuel Rosa

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2014 14h23
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A banda Skank, formada por Samuel Rosa (vocal, guitarra e violão), Henrique Portugal (violão, teclados, guitarra e vocal de apoio), Lelo Zaneti (baixo elétrico e vocal de apoio) e Haroldo Ferretti (bateria e percussão), lança Velocia, o seu décimo disco de estúdio e o primeiro álbum de inéditas do Skank em seis anos. Ao todo na carreira do grupo foram 13 CDs e 5 DVDs. A nova obra do grupo é o tema principal da entrevista concedida ao Pânico, na Rádio Jovem Pan.

“Foram 10 anos sem gravar um álbum inédito. Era para a gente ter lançado no ano passado. Com certo tempo de carreira você tem certo conforto no tempo de lançar um álbum”, afirma o músico Samuel Rosa. Haroldo Ferretti, baterista da banda, finaliza, “nós deixamos mais ou menos umas oito músicas de fora do novo álbum para selecionar as que nós achamos que teriam mais coerência.”

O Skank tem 20 anos de muito sucesso e música boa. Sempre repaginando o cenário pop rock. “Tem importância lançar música nova, desde que elas justifiquem serem lançadas”, comenta.

“Neste disco novo tem seis músicas com o Nando Reis. Desta vez nós pegamos o Nando em um período mais tranquilo. Ele até canta no nosso CD. Tem também a participação do Emicida. Um cara que a gente gosta muito nesta nova geração.” Também participam do álbum o roqueiro Lucas Silveira, do Fresno, e a cantora Lia Paris.

Samuel ainda faz vários elogios a Fernanda Takai e ao músico e produtor John Ulhoa, integrantes da banda Pato Fu. “Foi muito bacana participar do quarto álbum solo da Fernanda produzido pelo John no estúdio deles. Ele é um baita músico e produtor.” Fernanda Takai e Samuel Rosa fizeram um dueto na música Pra Curar Essa Dor, uma versão de Heal The Pain de George Michael.

Garota Nacional foi uma música unânime que tocou durante muito tempo. Quando a gente chegou à gravadora para gravar o CD Calango, os caras da gravadora nos mostraram Aonde você mora do Cidade Negra. Essa música fez um baita sucesso e tocou muito. Eu confesso que eu sai meio desanimado, por que você escutar uma música prontinha, tão boa assim, antes de você entrar no estúdio, é complicado.”

Quando o assunto é Rock in Rio, Samuel afirma: “A diferença é que é um show de festival e você toca mais tempo. Tem música como Jack Tequila que não dá para deixar de tocar.” A banda participou das edições 2008, em Lisboa, e 2011 e 2013, no Rio de Janeiro. “Tem sido legal ficar tanto tempo juntos. Subir no palco e tocar uma música sua e o público cantar, é mágico!”, afirma.

Questionado sobre a relação da banda e o sucesso, ele ressalta, “Uma música que faz muito sucesso começa a ser mais importante que a banda. A gente viu que a banda continua existindo depois de Garota Nacional. Sobreviver ao sucesso é muito difícil.” O single Garota Nacional foi sucesso no Brasil e liderou a parada espanhola. A canção foi o único exemplar da música brasileira a integrar a caixa Soundtrack for a Century, lançada para comemorar os 100 anos da gravadora Sony Music.

Ele complementa, “Não tem como medir o sucesso do artista. A gente sente quando uma música toca mais que outra. Tem música que não dá sucesso nenhum. A gente lançou De repente e ela não cumpriu o que a gente esperava, apesar de ter ganhado um Grammy.”

Samuel comenta a confusão entorno da nova música Aléxia, do novo álbum do grupo, que tem letra de Nando Reis. “A imprensa argentina cometeu um engano dizendo que banda brasileira faz homenagem a Messi comparando ele a Jimi Hendrix. O que seria colocar ele em um patamar de feras. Ele foi citado. Não que ele não seja, mas o norte da música é a jogadora de futebol que joga na Espanha, no Barcelona.”

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