‘Bolsonarismo deveria ser uma direita firme, não direita extrema’, diz Joice Hasselmann

Em entrevista ao Pânico, deputada federal afirmou que presidente Jair Bolsonaro ‘traiu o país e suas bandeiras’

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2021 16h22 - Atualizado em 09/02/2021 16h58
Imagem: Reprodução/Programa Pânico Joice Hasselmann afirmou, em entrevista ao Pânico, que Bolsonaro 'sentiu-se maior que a cadeira'

Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 9, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) explicou os motivos que fizeram com que se descolasse do bolsonarismo, a ideologia seguida pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “O Bolsonarismo deveria ser uma direita firme, não uma direita extrema. Os apoiadores assíduos dele são chamados de gado porque estão sendo guiados pelo ‘efeito manada’, consumindo informações falsas repetidamente, como se fossem verdade. Lamentavelmente, na política, a traição não é exceção, é regra. Mesmo sendo a exceção, justamente os que não traem – como eu e Kim Kataguiri, são chamados de traíras. Nunca viramos as costas para nossos princípios, continuamos exatamente iguais. Jamais neguei meu apoio a Bolsonaro na campanha, mas temos bandeiras e ele traiu estas bandeiras. Cadê a prisão em segunda instância? Cadê o combate à corrupção? Até a Lava Jato o presidente conseguiu destruir”, afirmou.

Segundo a deputada, o bolsonarismo tornou-se uma ideologia extrema ainda no primeiro ano de mandato do presidente, quando Jair Bolsonaro sentiu-se “maior do que a cadeira”, como aponta. “O bolsonarismo virou uma direita louca depois de, mais ou menos, seis meses de governo. Bolsonaro sentiu-se maior do que sua cadeira. Assim, as pessoas sérias foram saindo do governo e ficaram apenas os loucos. Não sou obrigada a ficar com bandido. Eu apoiava Bolsonaro, ele fazia-se de santinho, mas depois virou bandido”, concluiu a deputada.

Confira a entrevista com a deputada Joice Hasselmann:

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