‘Chamar a Globo de Esquerda é patético’, diz Marcos Uchôa

Em entrevista ao Pânico desta segunda-feira, 18, o ex-jornalista da emissora falou sobre os rótulos que os veículos de imprensa recebem

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2022 14h44
Jovem Pan News Marcos Uchôa Jornalista também comentou sobre a regulamentação da mídia

Depois de 34 anos e uma carreira repleta de coberturas históricas, Marcos Uchôa deixou a equipe de jornalistas da TV Globo no fim de 2021. Recentemente, ele anunciou sua filiação ao PSB e sua intenção de se candidatar ao cargo de deputado federal pelo partido nas eleições deste ano. Em entrevista ao Pânico desta segunda-feira, 18, Uchôa falou sobre o pensamento de que a imprensa brasileira é de esquerda e disse que considerar a TV Globo como um veículo esquerdista é “patético”. “A mídia é de esquerda? Vamos pensar o seguinte. Você tem uma televisão, uma rádio, um jornal, você tem muito dinheiro. É muito caro. Naturalmente, não só no Brasil, mas em qualquer lugar do mundo, a mídia sempre foi propriedade de pessoas de direita, que basicamente tinham direito. Você pode ter jornalistas na TV Globo, por exemplo, que são mais de esquerda. Pode ser. Eu sou mais de esquerda, embora tenha trabalhado 34 anos lá fazendo meu jornalismo. Nas coisas mais cruciais, mais importantes, desde quando o Jornal Nacional é de esquerda? Desde quando a TV Globo é de esquerda. Chamar a TV Globo de esquerda ou o Jornal Nacional de esquerda é patético”, disse Uchôa.

Em outro momento, ele falou sobre a necessidade de haver algum tipo de regulamentação da mídia, no intuito de evitar danos a democracia, ressaltando que a figura do “juiz do jogo” jamais pode ficar a mercê de um governo. “O poder que um Google e um Facebook têm de se meter na democracia de um país e atacá-la ao permitir fake news, exageros ou mentira é muito grande, porque a penetração desse pessoal é muito grande. Então tem que ter regulação disso ai sim. A sociedade tem que ter um certo controle de ‘quem controla?’. Quem é que vai ser o juiz do jogo? Isso é uma coisa delicada porque eu acho que é uma coisa que não pode nunca ser dada para um governo. Isso é coisa da sociedade civil”, afirmou o jornalista.

Confira a íntegra do programa desta segunda-feira, 18:

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