Delcídio conta por que saiu do PT e diz que partido foi mais duro com ele do que com acusados de corrupção

Em entrevista ao Pânico desta quinta-feira, 28, o ex-senador falou sobre sua saída do partido e sobre a Operação Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2022 14h31
Jovem Pan News Delcídio do Amaral Delcídio é pré-candidato ao cargo de deputado federal pelo Mato Grosso do Sul

Pré-candidato ao cargo de deputado federal pelo Estado do Mato Grosso o Sul, o ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Pânico, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 28, na qual falou sobre sua prisão por obstrução de justiça em 2015, no âmbito da crise política que atingia o país em meio aos desdobramentos da Operação Lava Jato. Ao comentar sobre o assunto, Delcídio disse ter recebido um tratamento por parte do PT que não foi dado nem aos acusados de corrupção que, posteriormente, foram condenados pela Justiça. “Quando eu fui preso, o PT, surpreendentemente, o senhor Rui Falcão, aquela bela figura, fez uma carta dizendo que eles não tinham nada a ver com isso. Nem me conheciam. O meu processo é por obstrução de justiça. O PT, com vários acusados de corrupção que depois foram condenados, não adotou esse tipo de atitude”, afirmou Delcídio.

Em outro momento, Delcídio afirmou que o objeto de investigação da Operação Lava Jato é “absolutamente correto”, mas apontou que um excesso de derivações e o envolvimento de muitos foros contribuiu para o enfraquecimento da Operação. “O objeto da Lava-Jato é absolutamente correto, tirando algumas ultrapassagens dos limites constitucionais quanto ao objeto, não há dúvida nenhuma sobre o que foi apurado. Só que perderam o ‘timing’ e começou a ter derivação para tudo quanto é lado, muita gente envolvida em vários Estados e vários foros. E ai perdeu força”, disse o ex-senador. Por fim, o pré-candidato foi questionado pelos membros da bancada sobre a prisão de Lula, dizendo que as decisões tomadas que envolvem o ex-presidente foram baseadas em fatos levantados pelas investigações. “Isso (se Lula devia estar preso) é a Justiça que vai dizer. Mas as decisões tomadas com relação ao ex-presidente Lula são procedentes e baseadas em fatos levantados nas investigações. Se há nulidade, mudança de instância, ai não sou eu a pessoa mais adequada (para opinar)”, concluiu Delcídio.

Confira o programa na íntegra: 

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