Diretor do Procon-SP defende passaporte vacinal em supermercados: ‘Proteção à saúde’
Em entrevista ao Pânico, Fernando Capez falou sobre limite da liberdade de expressão e confirmou pré-candidatura para Câmara dos Deputados nas eleições de 2022
Nesta sexta-feira, o programa Pânico recebeu Fernando Capez, diretor do Procon-SP e Secretário da Defesa do Consumidor. Em entrevista, ele opinou sobre a exigência de passaporte sanitário para a entrada em supermercados. “Essa é uma questão que só o Judiciário pode decidir. Na minha opinião, o supermercado pode adotar essa medida porque ele está agindo de acordo com as normas de saúde que o Supremo Tribunal Federal, os governos e municípios estão adotando. O STF entendeu que caberia aos estados e às autoridades fixar as normas gerais da saúde”, disse. “Agora, caso ele pegue um mandado de segurança e obtenha uma liminar antes que o supermercado consiga caçar, ele entra com a liminar e sem o passaporte da vacina. São momentos extremamente polêmicos em que há posições divergentes, é difícil dizer onde está a razão. No meu modo de ver, a razão está nas normas de proteção e prevenção à saúde”, explicou. A polêmica surgiu após uma loja da rede Carrefour em Diadema solicitar comprovante vacinal para a entrada de consumidores.
Ex-deputado estadual de São Paulo, Capez anunciou sua pré-candidatura para a Câmara Federal nas eleições de 2022, pelo PSDB. “Sou pré-candidato a deputado federal. Escolhi um partido quando entrei, sou sempre esse partido. No amor e no ódio, na tristeza e na alegria”, afirmou. O político também defendeu a pré-candidatura de João Doria à Presidência e a gestão do tucano no Estado de São Paulo. “A gente, quando vai pensar num gestor público, não pense se você gosta ou não gosta, se é simpático ou não. A gestão está boa. Foi feita uma gestão responsável. A campanha não começou. Intenção de voto não é voto. Na hora que as pessoas descobrirem o que foi feito aqui no Estado de São Paulo, vão olhar com outros olhos.”
Capez ainda opinou sobre as fronteiras da liberdade de expressão. O pré-candidato lembrou a violência contra minorias como um dos principais limites. “A liberdade de um acaba quando começa a do outro. Desde que a pessoa expresse um ponto de vista que não seja capaz de incitar a violência contra minorias, desde que expresse sua opinião de maneira a não magoar ou atingir a honra das pessoas, ela pode expressar sua opinião.”
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